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quinta-feira, 30 de abril de 2009

28 de abril


Dia da Sogra é uma data para se comemorar? Fiquei bastante tempo pensando sobre isso e perguntei há alguns amigos. Uns disseram que não dá pra generalizar as coisas, que existem sogras legais.

Mas, dentre todas as explicações que ouvi, acho que a melhor foi de um colega que começou contando um caso que aconteceu com ele:

 

“Minha mulher me contou tudo depois. Um dia nós fomos à casa dos pais dela para dar uma grande notícia. Enquanto eu estava na sala, conversando com o Seu Floriano sobre a crise ou qualquer assunto “sério”, ela e minha sogra estavam na cozinha. Entrei e só ouvi a Isadora, minha esposa, dizer:

- Mamãe, sem aquela conversa de “eu avisei” nem qualquer coisa do tipo... – Foi quando me viram chegar – Oi, meu amor! Senta aqui na mesa com a gente, vamos conversar com a mamãe...

- Boa Noite, Dona Lizete. – Usei minha mais esforçada cortesia e não recebi nem mesmo um aceno com a cabeça, só um grunido que ainda não sei se foi um comprimento ou se ela estava só limpando a garganta.

- Acho que a Isa, rã-rãn, Isadora – Ela odeia que eu apelide a filha - já te falou que perdi meu emprego. – aguardei o bombardeio, o esbravejar, a fúria, a [minha] morte.

- Sim, ela me disse tudo, Leonardo. Sinto muito. – respondeu a megera, até que compreensivamente.

- Eu sei o que a senhora está pensando, mas a banda tinha tudo para dar certo. E ainda vai. Sei também que foi imprudência investir os 100 mil que tínhamos guardado. Mas Dona Lizete, a senhora sabe como é, temos que arriscar na vida, inovar, quem não arrisca não petisca – Nessa hora me senti um idiota, falando de arriscar com uma dama do lar de 89 anos que viveu a vida toda no interior de Minas Gerais. Juro que ouvi ela dizer O seguro morreu de velho, seu patife inconseqüente!

- Entendo. – me respondeu a mãe de Isadora.

- O emprego na contabilidade era ruim demais. Pouco dinheiro pra muito trabalho...

- Pouco é melhor do q...

- Mamãe!

- Sim, a senhora tem razão. Mas a banda vai dar certo. Sabe, meus pais – vi a cara dela se transformar na careta mais bizarra que eu já presenciei e lembrei de como ela odiava meus pais ou “os arruaceiros comunistas do diabo” - me ensinaram que sonho é tudo na vida. Quando se sonha a gente consegue o que quer. Sei que a Isadora está grávida, mas não vou fugir da responsabilidade. Agora pode parecer, mais do que nunca, que teria sido, como a senhora sempre diz, muito melhor se a Isa, digo, Isadora tivesse se casado com o engomadinho do advogado Marco, filho do coronel Gonçalvez. Mas vim hoje aqui para dizer que eu a amo, ela me ama e que vamos superar essa dificuldade juntos.

- Leonardo – ela começou – tudo bem. Eu acredito em vocês e nunca odiei você.

- Por favor, Dona Lizete. A senhora disse “Eu tenho” quando o padre perguntou se alguém tinha algo contra o nosso casamento... – retruquei.

- O álcool revela o que há de pior nas pessoas, meu filho. – Meu filho? Confesso que me espantei com essa. – Mas como eu dizia, eu acredito em vocês. O mais importante é que minha pequena princesa esteja feliz. Se ela é feliz com você, eu sou feliz. Conte conosco com tudo que for necessário.

Nessa hora eu não me contive, fiquei emocionado com toda a transformação de Dona Lizete, agradeci e fui até a sala me despedir do pai da Isa. Quando sai, minha sogra puxou o braço da minha mulher e disse:

- Filha, ainda dá tempo de ligar pro Marco!”.

 

Depois de contar o caso, meu amigo sentenciou: “É por isso que eu sou totalmente a favor do Dia das Sogras. O que seríamos sem elas? São elas que deixam nossos dias muito mais infelizes. E todo muito sabe que não existe coisa mais chata do que um happy ending

 

Faço minhas as palavras dele: Feliz Dia das Sogras atrasado.

 


quarta-feira, 29 de abril de 2009

Ingrês

- Pai!

O pai nem olha direito. Até imagina o quê que é. Da última vez foi a Guerra do Vietnã. E antes disso, a crise econômica mundial.

- Pai, a professora disse hoje que em inglês, "ser" diz "tu bi". E que "estar" também. Aí eu fiquei pensando, ela deve ter confundido. "Tu" deve ser pra "ser", e "bi" para "estar".

Pronto. Hoje é inglês.

- Filho, em inglês, não há dois verbos para "ser" e "estar". É o mesmo. Mas é o contexto da frase que dá a entender qual dos dois que é.

- Acho que não. São duas palvras, entende? "Tu" e "bi".

- É. É que em inglês, os verbos no infinitivo...

O pai olha para o filho. Começa de novo.

- Sabe quando você fala o verbo sem nada mais? Tipo "correr" ou "brincar"? Você não fala "eu brincar", você fala "eu brinco". Pois é, o verbo sozinho em inglês deve ser acompanhado da proposição "to", porque em inglês não se conjugam os verbos para diferentes pessoas.

- Acho que entendi. Mas isso não resolve nada. Se eu falar "estou doente" e "sou doente" são coisas diferente, né?

- Mas é que dá pra saber. Se você tiver na cama com febre eu vou saber que você está doente, e não é doente.

- Ah, tá.

O pai respira fundo. Foi até fácil.

- Mas aqui...

Não, doce ilusão. Ainda tem mais.

- Então eles falam "eu brincar", "você brincar"?

- Falam. Mas imagina, em portugês, se você falar "eu brincar", eu até vou entender que é você que brinca, porque você falou "eu".

- Sei. Então quando não é ninguém eles falam "tu brincar", mas quando é alguém eles falam "eu brincar"?

- Como assim "tu"?

- "Tu", tipo "tu bi".

- Ah, sim! É isso mesmo, filho.

O pai está surpreso. E até orgulhoso. O filho entendeu direito.

- Então "você é" fica "iu bi"?

- Não, é "you are".

- Mas você não falou que não mudava?

- É, mas é que o verbo "to be" muda sim. É o único.

- Então eu falo "Ai ar"?

- Não, é "I am". Pede pra professora te explicar as conjugações. Mas eu te garanto, "to be" é o único que muda.

- Ok. Obrigado, papai.

Por fim. Paz.

- Mas e "contexto", quer dizer o quê?

sábado, 25 de abril de 2009

Planos noturnos

Era verão. Tudo transcorria na mais perfeita normalidade. Nada como assistir desenho animado, deitado na poltrona, em pleno sábado de manhã.  É sério! Não é porque eu tenho mais de vinte que eu não posso me divertir dessa maneira. Meus amigos vivem me dizendo que falta para mim uma boa companhia. Sabe, para melhorar os ânimos no meu apê. Mas eu não concordo. Para mim está tudo muito bom.

Pensando melhor, faz mais de seis meses que nenhuma mulher visita o meu apartamento. Mas isso não é problema. Eu sei que, quando eu quiser, eu saio, conquisto uma mulher e trago ela para cama. É simples, preciso apenas sair de casa... já sei, vou ligar para a galera e marcar uma baladinha para essa noite.

 

..........................................................

 

            Já estou na expectativa aqui no carro. Devemos estar chegando. É hoje que minha cama acorda revirada. Deixa eu conferir se peguei tudo... vamos ver... celular, carteira, dinheiro, chave, bala, camisinha. Tudo aqui. Nunca se sabe se ela vai querer ir pra minha casa ou parar a dela. É melhor estar preparado!

            Está dando para escutar a batida daqui de fora. O negócio lá dentro deve estar pegando fogo. É melhor entrar logo, antes que as melhores garotas já estejam ocupadas. E tomara que eu ache alguma coisa logo. Não estou com paciência para dançar. Meus quadris querem mexer é de outra maneira.

            Vou dar uma volta e pegar uma bebida. Quem sabe eu ache algo no caminho. Não custa nada procurar, cair do céu é que as mulheres não vão.

            Nossa, será que meus olhos estão me enganando? Que morena é aquela, parada no bar, perto do barman? Nunca vi corpo tão escultural. Aquela blusinha azul decotada faz com que o corpo dela se destaque mais. Faz um estilo de safada disfarçada de puritana. E é dessas que eu gosto, elas costumam se revelar umas feras na hora do sexo.

            Não, ela é perfeita demais para estar desacompanhada. Aquela carinha de anjo não pode estar sozinha. Vou ficar aqui e observar mais um pouco... meu Deus, ela viu que eu estava olhando. Ela está olhando de volta... Vai lá. Coloca a sua máscara mais confiante e chega nela.

            “Oi” (nossa, a voz dela é incrível. É uma coisa meio rouca, sexy, que leva meu tesão a níveis altíssimos. Calma, retoma a calma e simplesmente retribua o cumprimento) “Oi”.

            O único problema é que ela começou falando. Isso é um mal sinal. Eu que sou o macho reprodutor aqui. As atitudes têm que partir de mim. Mas deixa isso pra lá. Concentre apenas no monumento que mais tarde vai ser meu. Na lábia eu me garanto. Mas primeiro tenho que conseguir um beijo, só um, e eu tenho certeza que ela será minha.

            Nunca imaginei que o beijo fosse tão bom quanto ela, mas ele é. Aqueles lábios carnudos sabem conduzir tão bem a situação. Aquela língua atrevida faz meus sentidos se revirarem. O melhor de tudo é o encontro perfeito daqueles peitões com meu tórax. Dá pra sentir o silicone, mas quem se importa? Daqui a pouco eles vão estar nas minhas mãos e boca. Isso é que realmente importa.

            O nome dela? Tenho certeza que ela me disse, mas eu não consigo lembrar de detalhes como esse. Não quando minha mão ousa ficar mais atrevida e desce até aquela bunda redonda. Como é bom ter a liberdade que ela me dá. Falta apenas fazer a pergunta crucial da noite: “Quer terminar lá fora? Meu apartamento é pertinho daqui”.

            Nem acredito que ela topou. Esse mulherão no meu apê! Caminhamos o mais rápido possível. Que meus amigos levem o carro embora. Estou ocupado demais no momento.

            Quando chegamos no meu andar, a mão dela encontrou minha coxa. Mal abri a porta e a batalha de línguas começou. Foi só fechar a porta que a minha camisa voou longe. Estava escuro. Eu só sentia os lábios dela roçando o meu peito. Não demorou muito e a blusa que voou foi a dela. O sutiã já havia sumido e foi a minha vez de me perder dentro daqueles maravilhosos seios.

            Nem sei em que parte da casa eu perdi o meu tênis. Só sei que quando cheguei no quarto, eu estava apenas de calça jeans. Ela ajoelhou na minha frente e tirou minha calça de maneira espetacular.Minha cueca estava quase explodindo de tanta pressão. Ela percebeu isso e tocou levemente a região. Sabia como ninguém aumentar o clima. Ainda estava escuro. Só conseguia sentir aqueles peitos deliciosos. Minha mão passando pela calça dela, tirando-a com uma velocidade jamais vista.

            Caímos na cama e a minha cueca saiu sem que eu percebesse. Quando fui tirar a calcinha dela, percebi um volume anormal. Onde devia ser meio liso, havia um volume. Meu Deus, minha princesa escultural era um traveco!

            Só me restava uma coisa a fazer naquela situação. Tirei a peça restante e terminei ali mesmo o que eu havia começado...

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Você, eu e todo mundo no Tubo

Olá pessoal. Olha, recentemente, como disse o caríssimo Iwazaru em sua última postagem, a gente acabou conversando bastante sobre o blog. Não, não sou eu o "grande amigo" a quem ele se refere, mas estava presente. E dessa produtiva conversa de boteco [precisam haver mais] acho que a conclusão-mor a que chegamos é: Nem sempre o que se escreve para postar deve ser totalmente novo e brilhante e que nem só de textos vive um blog.

Pois bem, para iniciar essa nova fase mais, na minha humilde opinião, despretenciosa e relax do 3B, resolvi falar de um dos meus grandes vícios: o Youtube. Esse site brilhante que, espero, todos conhecem. Nele você publica e assiste a videos de todos os tipos mesmo, claro, dentro dos termos e uso que, no geral dizem: não publique pornografia e nem conteúdo autoral sem autorização [todo mundo burla, mas enfim...].

Mas esse não vai ser um post escrito, ou pelo menos não todo escrito. Resolvi começar com uma listagem dos dez videos mais engraçados do youtube, by Mizaru Entertainment Corporation®. Não tem nenhuma ordem, ou melhor, é a ordem da minha memória. A maioria é bem antiga. Então, se você já viu, veja de novo! Sempre vale rir um pouco. Senão, veja! Eles são legais. Ah, não esqueçam de comentar e indicar outros videos bacanas! Abraço e divirtam-se!


1- O clássico.


calma..hehe.... caaaaalma

2- O Hit do momento


Is it the real life????

3 - Shhhhii, quer morrer ow?

- Hello! I'm Lindsay Lohan!

4- Tem que ser muito foda pra me fazer sentir vergonha alheia por um jornalista. Ele fez.


Cara, é o Rodrigo Amarante. É só o que eu digo.

5- Eles são os melhores e SABEM disso.


Micalatéia? humm....Saudade...

5- Sanduíche saudável, tudo que muita gente queria ouvir...


Mas acho que acabaram não ouvindo direito

6- Dificuldades de um trabalho árduo


É, pimenta no olho do outro é refresco

7- Aulas de dança


Fiquei de cara quando vi.

8- Tão engraçado quanto vergonhoso


Resultado: qualidade baixíssima.

9- Um estadista e seu estrogonófico discurso


Um pessoa inoxidável, quer dizer, brilhante [pena que ele só explica um dos eligios].

10-Stand up de primeira


"Proibida a entrada de pessoas estranhas" - Eu tenho uma tia vesga que fala sozinha, será que é pra ela?

Bonus Stage - Eu sei que falei que era um TOP 10, mas mesmo assim... esse não podia ficar de fora.

Vale para os leitores e leitoras hein!

terça-feira, 21 de abril de 2009

E se eu não tiver nada a dizer?

Ontem, um amigo meu apontou uma grande verdade da vida: Tem horas que a gente não têm nada a dizer. Segundo suas palavras, pode estar acontecendo uma guerra nuclear e os alienígenas estarem invadindo o planeta que nós, como jornalistas, podemos nos encontrar sem opinião nenhuma a emitir.

Só que os leitores, fiéis companheiros que são, esperam isso de nós. "Como assim ele não tem nada a dizer sobre a execução de Fulano? Ele sempre escreve umas coisas tão lindas... Ele deve ter algo a dizer?". Pois é. Mas não. E nesses momentos, somos obrigados a fingir que existe dentro de nós uma posição a respeito dos crimes de guerra que o fulano cometeu e sua subseqüente execução. E pode até ficar um texto péssimo, mas pelo menos dizemos alguma coisa.

Ou, Deus não permita, talvez a gente nem saiba o que está acontecendo por aí! Já pensou? Nossa opinião emitida no texto que você tanto gostou é resultado de uma lida às pressas sobre um aspecto do assunto comentado. E aí? Você vai estar lendo uma opinião porca e pouco relevante.

Então, fica aqui uma mensagem, leitor (e eu sei, porque eu faço a mesmíssima coisa): Pare de querer saber o que a mídia acha de tudo e começe a criar suas próprias opiniões a respeito, viu? E isso que eu acho sobre o assunto.

sábado, 18 de abril de 2009

A paixão pela F1


Vocês devem estar se perguntando qual o motivo da postagem feita de madrugada, às 6:00. A resposta é simples: hoje é domingo e domingo é dia de fórmula 1. Não sei direito quando comecei a gostar de corridas, mas foi há muito tempo. E nem tem aquelas historinhas românticas de: “assistia todo dia com meu pai”, “acompanhava e vi a morte do Senna”. Nada disso, só comecei a assistir e me apaixonei...

 A primeira corrida da história foi realizada em 1950, na cidade de Silverstone, Inglaterra. Eu, obviamente, não era nascido nessa época. E também não lembro qual foi a primeira prova que eu assisti. Sei que foi por volta de 2000, quando eu ainda tinha 10 anos.

Sabe o que isso quer dizer? Que eu fui alfabetizado no mundo das corridas na Era Schumacher. O fenômeno ganhou os cinco primeiros campeonatos mundiais que eu assisti (2000 a 2004). Tem como não gostar de um piloto desses (apesar de tudo que ele já fez)? Eu adoro o estilo Schumi de direção.

 Em 2005/2006 foi a vez de outro fenômeno: Alonso. A Renault veio e desbancou a toda poderosa Ferrari. Em 2007, Schumacher aposentou e foi a vez do frio e sem graça Kimi Räikkönen se sagrar campeão. O ano seguinte foi marcado por uma disputa violentíssima. Os melhores carros da temporada brigavam a cada corrida pelos pontos para serem campeões. E tinha um brasileiro na disputa...

 Sempre gostei do Felipe Massa. Acho o estilo de pilotagem dele uma coisa surpreendente. Caiu em uma escuderia grande e soube corresponder a isso. Mas outro piloto tão bom quanto ele surgiu nesse caminho para atrapalhá-lo: Lewis Hamilton.

 Aí a FIA (Federação Internacional do Automóvel) mudou várias regras para aumentar (ainda mais) a competitividade. E o inesperado aconteceu. Equipes que estavam com um futuro muito incerto, como a Brawn (antiga Honda), ressurgiram das cinzas e colocaram seus pilotos como os melhores do mundo. Jenson Button e Rubens Barrichello são os centros das atenções. O inglês é o líder do campeonato e o brasileiro o segundo... coisa que nunca ia ser esperada no término do campeonato do ano passado.

 Agora vamos à corrida de hj? A prova é no moderno circuito chinês e ontem já rolou a prova de classificação. E uma surpresa... Button, que era o mais cotado para a pole, ficou em 5º. Rubinho foi o melhor brasileiro, em 13º. E quem foi o pole position? Sebastian Vettel, da RBR, foi o cara do treino de hoje. Alonso, estreando deu sistema difusor, larga na primeira fila.

 Mas daqui a pouco eu volto e dou um up nessa página... afinal, a corrida é só às 4:00. Então daqui a pouco volto!

Tá, eu dormi. Via largada, sob chuva, e dormi... inferno! Acabei de descobrir que o Vettel liderou de ponta a ponta e ganhou. Mark Webber, também da RBR, completou a dobradinha. Os todo poderoros carros da Brawn ficaram em 3º (Button) e 4º (Barrichelo). Massa, mais uma vez, quebrou... essa definitivamente não é a F1 que eu conheço, mas tá muito boa mesmo assim!

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Brincando de polícia e ladrão

Como tinha prova naquele dia, acordei às duas da manhã para estudar [normal]. Depois de alguns parágrafos, começei a ouvir um barulho estranho, parecia um zumbido de abelha que aumentava lentamente. Junto com isso, percebi um ruído de carros passando na rua frenéticos. O barulho da “abelha” aumentou tanto que já parecia uma máquina dessas usadas em construções. No começo eu não me importei muito, já estava acostumado com a confusão onde moro porque estão construindo um prédio ao bem lado do meu. Foi quando a ficha caiu: eram DUAS DA MANHÃ!

Espantado com todo aquele qüiproquó àquela hora da madruga, eu corri até a janela para observar o que estava acontecendo. Moro no quarto andar e pude ver, surpreso, que cinco viaturas estavam paradas em minha rua. Uma rua estreita de mão única, tomada por uma barreira policial quase hollywoodiana. O zumbido não era de um inseto voador gigante, era um helicóptero. A aeronave estava voando baixo e procurava insistentemente com seu holofote direcionado para o edifício em construção vazio.

- ATENÇÃO! VOCÊS ESTÃO CERCADOS! SE REAGIREM AS COISAS SÓ VÃO PIORAR!

Isso foi o que eu escutei um policial dizer de dentro do helicóptero com um megafone. Essa foi a hora em que eu apaguei a luz da minha janela e coloquei minha cabeça para dentro. Eu não ia arriscar ficar com a luz acessa e com o crânio bem a mostra para sabe lá quem que estivesse naquela construção. Dizem que os traficantes treinam jogando Counter Strike!

Bom, a essa altura não dava mais para estudar. Primeiro por que eu estava animado demais em ver a polícia atuando ali, ao vivo, na minha frente, como num filme e eu assistindo de camarote. Mas depois, ficou tudo muito monótomo já que eles não conseguiam achar “os  meliantes” e eu não conseguia concentrar para ler com aquele helicóptero voando em cima do meu quarto.

Já que estava de bobeira mesmo, decidi dar uma de pseudo-jornalista 24 horas e apurar o que estava acontecendo. Peguei o telefone:

- Alô? Serviço de Emergência do Corpo de Bombeiro. Em que posso ajudar?

- Hein?! Num é da Polícia Militar, não?

- Não, lá é 190.

- ah, desculpe.

...

- Alô, 34º Batalhão da Polícia Militar. Serviço de emergência, posso ajudar?

- Sim, sim. Olha, eu moro no bairro do Claustro. Tem cinco viaturas e um helicóptero em frente a minha casa. Poxa, são TRÊS HORAS DA MADRUGADA! Estou tentando dormir! Posso, pelo menos, saber o que está acontecendo?

- Sim, já recebemos cerca de trinta e cinco ligações da sua região até o momento. Bem, pedimos muita calma a todas as pessoas que se encontram nesse perímetro da cidade. Não há motivos para se preocupar. Gostaríamos que fechassem suas portas, janelas e cortinas. Isso é apenas um exercício de rotina e esperamos que em breve tudo volte à normalidade.

E desligou na minha cara.



P.S.: Isso porque eu moro em frente a uma universidade...

terça-feira, 14 de abril de 2009

Don't worry, be happy

Tenho andado muito ocupado. A razão, aliás, pela qual não postei na semana passada. Minhas desculpas.

E não só ocupado, estressado também. Não posso nem começar a descrever o quanto é ruim o estresse. Eu achava que sabia o que era. Agora sei mesmo. Que bobagem colocar "YES, STRESS" numa camisa, não é? Quem é que quer ficar estressado?

Aprendi uma coisa essencial: Ficar estressado não adianta de NADA. Mesmo. As coisas vão acontecer queira você ou não. Se você ficar pensando no que ainda falta para fazer enquanto você trabalha, não vai fazer nada bem. Você não tem superpoderes. Querer consertar tudo ao mesmo tempo só vai te deixar cansado sem motivo.

E vai perder preciosos momentos da vida. Se alguma coisa de boa tem o estresse é que, em alguns momentos, dá pra ligar o "f**a-se" e passar um momento divertido com seus irmãos, discutindo besteiras. Ou com seus amigos, rindo à toa. Sentindo que o mundo está explodindo, mas quem liga? Você conserta depois.

Nunca esqueça: Seus problemas são seus, não de ninguém mais. E se ainda faltam setenta textos para escrever, não é culpa dos outros, então não seja grosso com eles. Seja gentil. Aprecie o fato de que eles não estão estressados e tente relaxar.

Eu sei, esse texto ficou muito nada a ver com o que eu sempre escrevo. Mas adivinhe: Estou com pressa para fazer outras coisas. Então, se nestes poucos minutos posso relaxar para conversar com vocês e des-estressar um pouco, com certeza vocês vão entender.

sábado, 11 de abril de 2009

Poema feito por um aluno da 6ª série em uma aula produtiva

Quando te vejo
É como um relampejo
Não controlo, então, meu desejo
Hum... quase invejo aquele percevejo

Em sua perninha
Subindo até a calcinha
Essa calcinha apertadinha
Ele subindo e você paradinha

Bate um ventinho
E cai seu papelzinho
Para pegar o negocinho
Você abaixa e revela o cofrinho

Meu Padim Ciço!
Sinto aumentar meu viço
Eu queria acabar com isso
Baixar a calça e fazer o serviço

Muita maldade...
Ah! Se eu tivesse idade...
Você seria prioridade
Não é injusto ficar só na vontade?

Boca perfeita
Bunda muito bem feita
Que importa se ela não me aceita?
Ah! Pra você vou criar uma seita!

Com rituais
Rituais bem carnais
Num lugar bem longe dos pais
Um lugar com umas tochas bem legais

Vem um sinal
Enfim, vem o final
Se vai meu amor, afinal
Droga! Meu poema tava animal!

Quebra-se o ramo
E seu nome eu proclamo
Por dentro, de saudade inflamo
Grito em voz alta: “Fessora, te amo”!

____________
Poema de um grande amigo meu, que teve o desafio de fazer um poema erótico. Transformou em algo mega infantil e ficou muito bom... afinal, hoje é seu aniversário, então nada melhor que uma pequena homenagem. Ah, e você tinha que voltar a escrever Gabriel =P

quinta-feira, 9 de abril de 2009

O batismo



Sinceramente? Eu nunca gostei muito de futebol. Ainda me lembro de quando tinha uns 6 anos e ouvia enquanto jogava com os caras mais velhos:
“Ah, liga pro Mizaru não. Ele é café-com-leite...”

Pros mais desinformados, “café-com-leite” é mais ou menos como se você estivesse no banco [ninguém toca pra você], mas sem o conforto de estar sentado.

Em casa, ninguém torce pra nenhum time. Meu pai, se lhe perguntarem qualquer coisa sobre futebol ele, pensativamente, coloca a mão no queixo e, sempre, diz: “hum... err... Alguém quer mais uma cerveja?”

Já na adolescência eu queria ser diferente. Enquanto todo mundo “se amarrava” [alguém ainda fala isso?] nas aulas de futebol, eu só comemorava quando era basquete. Um dia uma garota me perguntou o por quê. “Sabe, sou péssimo com os pés, mas tenho habilidade de sobra com as mãos” respondi. Lembro que ela gostou da minha resposta, gostou bastante na verdade. Vai entender...

Até ontem, eu gostava de futebol, mas era bem pouco. Do tipo que torce por um time só pra encher o saco dos amigos que torcem pro adversário. O cara que só é bom no futebol de videogame e olhe lá. Até ontem.

Fragmento de uma conversa há alguns dias:

- E ae Mizaru, vamos assistir o jogo na quarta?

- Hein? Que jogo?

- Uai, Galo e Uberaba, no Mineirão!

- Ah, claro, eu sabia...

- Então! Vamos? A gente junta mais gente e vai uns quatro.

- Ow, não sei... nunca fui no mineirão

- O QUÊ? Então agora que você vai! Ninguém pode morrer sem ir no Mineirão, cara! E estão super família os jogos agora, não é só “malaco” que vai não... vai ser doido!

Aí resolvi ir. Nem foi por causa da maldição “todo mundo TEM que ir no Mineirão antes de morrer”, afinal o que poderia acontecer ao coitado que morreu sem ir? O motivo mesmo foi eu ter ficado sabendo que quando sai um gol todo mundo fica literalmente louco! E “os jogos estão mais família” significa que as mulheres tem ido mais ao estádio. As atleticanas, como todos sabem, são as mais lindas, simpáticas e perfeitas do mundo. Sei lá, quem sabe não rolava um “amasso de comemoração” depois de algum gol?

Não rolou. Fui com uns colegas e, do meu lado, infelizmente, só tinha macho. Mas, mesmo assim, ir ao Mineirão foi extraordinariamente ótimo! Desde o começo. Correr pro estádio e cantar o hino no meio da torcida a La hoolygans . Entrar naquele santuário lotado. Mais de 35 mil vozes que aclamavam o Galo Mineiro. Cantando do início ao fim. Xingando o juiz. Comemorando os gols. Teve até penalti!

O resultado não poderia ser melhor: 6 x 0 para o Glorioso. Agora eu entendo porque é tão importante ir no Mineirão, pelo menos uma vez. Estar lá, ver e sentir todo o ritual que é uma partida de futebol faz a gente entender o que é paixão de verdade. Calma, não virei nenhum fanático nem nada, é só que... Como explico? Um colega meu, corintiano, que foi também, camuflado, depois do jogo, quando nos afastamos um pouco da torcida que ainda cantava, olhou pra gente e, pensando na força e na majestosidade da torcida atleticana, sem palavras só pode falar:

- Doido cara, muito doido...

Definitivamente não é a mesma coisa que estar lá. Mas quem perdeu, pode dar uma olhada na “galeada” no vídeo abaixo.

sábado, 4 de abril de 2009

Problemas com pombas?


As pombas são bichinhos antipáticos! Elas convivem com a gente, mas nem nos damos conta que elas estão por aí, piando, catando migalhas, pulando na frente dos carros, causando acidentes e matando milhares de pessoas por causa disso.

Sabe que uma das lembranças mais marcantes de quando eu era criança tem a ver com pombas? Eu me lembro muito bem de quando eu corria desenfreado atrás delas. O mais divertido era quando juntava um monte. Então era só correr e começar a rir. Elas ficam assustadíssimas! Voavam logo para um lugar muito alto e faziam aquela cara de acuadas. Coitadinhas... eram tão idiotas!

Eu disse eram, porque agora elas ficaram abusadas! Tudo bem que eu cresci, mas continuo com a mania de tentar assustar as pombas. Só que agora elas não fogem mais, elas se limitam a desviar de você e fazer uma cara feia, do tipo: “Quem você pensa que é para me atrapalhar”?

Umas folgadas! Devia ter corrido mais atrás delas quando eu era pequeno. Quem sabe elas não iriam se acostumar tanto com os humanos e continuariam sendo idiotas. Como galinhas, isso mesmo, como galinhas! Não tem exemplo melhor. As galinhas já convivem com o homem há tanto tempo, mas continuam tendo medo dele... mas vai ver é porque elas sabem que vão morrer! Com os pombos devia acontecer a mesma coisa...

Parece que a vida delas é ficar ciscando, atrapalhando a passagem das pessoas e comendo os restos nas ruas. Eu até pensei em criar um gato e treiná-lo para caçar pombas, e olha que eu odeio gatos! Quem sabe ele comeria aquele monte de penas nojento.

Elas perderam o respeito com todo mundo. Nós somos maiores, mais fortes, mais inteligentes (Será? Começo a desconfiar disso). Poderíamos simplesmente dar um chute naquela carinha “inocente”. Mas por que ninguém faz isso? Será que é por causa daquela cara de retardada? Ou será que é um carisma que eu não consigo entender?

Fato é que elas continuam andando soltas pelas ruas, prédios, casas, escolas; atormentando pessoas, motoristas, cachorros. Outro dia eu estava em uma lanchonete, comendo e conversando tranquilamente com meus amigos, quando uma infeliz teve a capacidade de subir na mesa e começar a bicar o meu pobre salgado desprotegido!

Ninguém consegue imaginar o ódio que eu senti quando vi aquela cena deprimente. Deu vontade de pegar aquele pescoçinho penado e quebrar no meio bem devagar, só para ver se causava muita dor.

Aliás, pomba sente dor? Um bicho tão asqueroso não deve nem saber o que é isso. Pense só naquele bando de pombinhas, todas arquitetando um ataque surpresa ao meu salgado. Não quero nem imaginar isso. Quando fui enxotar aquela ridícula, ela olhou para mim com uma cara de desprezo (elas podem não sentir dor, mas desprezo elas sabem bem o que é), soltou um piado (que mais parecia um muxoxo de impaciência) e pulou da minha mesa.

Aposto que ela foi comer outro salgado desprotegido. Aquela nojenta ainda é capaz de armar o sofrimento alheio. É uma praga urbana. Pesquisas ainda comprovam que ela transmite doenças. Pior ainda! Imagina se ela contrair a gripe do frango e contaminar todo mundo? Aí sim vai virar pandemia. Escutem o que eu vou dizer: As pombas serão as responsáveis pelo fim do mundo!

É por isso que eu acho que elas deveriam ser dizimadas, exterminadas. O sonho de minha vida é criar um pombicida. Já pensei até no rótulo: “Apenas uma baforada elimina seus problemas... Pombicida mata-folgadas”. É, acho que vai vender bem...

Portanto, da próxima vez que encontrar uma pomba na rua, não pense duas vezes. Chuta! Caso contrário...

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Looking for


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Lucas caminhava pela rua como um louco. Um louco não, um lunático. Um daqueles que a gente olha e não sabe se sente dó ou inveja. Tão despreocupado e livre, ele cantarolava as músicas que tocavam no seu mp3. Cantarolava alto! Chegou até a puxar uma dama para dançar, do nada, na calçada. Ela não estava exatamente na mesma freqüência que ele, lhe deu um empurrão e um “sai pra lá, maluco”. O problema era dela, não fazia diferença para Lucas.

Se alguém lhe parasse e perguntasse qual era a “receita” daquela felicidade espontânea, ele não saberia responder. Seria a atitude de trocar o toque do seu despertador? Acordar ouvindo Brand New Start era mesmo revigorante. Mas não era essa a razão. Sabe quando as coisas simplesmente estão bem? Se Lucas parasse pra pensar nisso, talvez chegasse mais perto da fórmula da tal receita.

Bom, mas ninguém perguntou e ele não parou para pensar. Depois de acordar, desceu as escadas do prédio no ritmo Happiness is a warm gun. Cinco andares de degraus, o elevador pareceu tão chato.

Saiu pela portaria e até o porteiro sentiu que o rapaz estava diferente: o bom dia mecânico foi substituído por um “tenha um bom dia!”, isso mesmo, com exclamação no final, uma raridade.

Quando o randon do Ipod escolheu Cara Estranho ele riu sozinho pensando que aquela era mesmo uma ótima trilha para o dia de hoje. Não que não houvesse problemas, mas agora ele sabia que era tudo uma questão de tempo. Todas as grandes questões existenciais e as pequenas escolhas de cardápio... Tudo era só uma questão de tempo.

Ele ainda sentia dentro de si a sede que sempre sentiu. Uma sede forte do tipo que o faria olhar nos olhos de um peregrino do Saara e dizer: “Cara, eu sei exatamente como você se sente”. Não, não é que as coisas tinham, de uma hora pra outra, tornado-se perfeitas. Ele sabia que ainda ia cair muito, que ia ouvir muitos não’s e que, indubitavelmente [como diria seu pomposo professor de Sociologia no colégio], haveria o momento de reviver a sensação de peixe no aquário das focas. Mas Lucas tinha certeza absoluta que agora, mais cedo ou mais tarde, podia vencer qualquer luta que visse por aí.

Suas batidas cardíacas acompanhavam a melodia de Banana Pancakes.Mas só a melodia combinava com a cena de Lucas descendo do ônibus, porque não chovia, era um esplêndido e, quase que literalmente, fabuloso dia de sol. A cada esquina que virava, por cada pessoa que passava, ele estendia um grande sorriso e dizia “belo dia hoje, não?”. Claro que já sempre fazia isso com uma ou outra garota em dias normais. Pra puxar assunto, sabe?! Nunca funcionou realmente, mas não custava tentar.

Porém, dessa vez não havia restrição. Ele não notava o sexo, a beleza, a idade ou o que quer que seja do interlocutor, apenas cumprimentava, como um político em campanha eleitoral, só que sincero. Bem, político sincero não é uma coisa muito fácil de imaginar, enfim, ele estava cumprimentando todo mundo que andava pela calçada.

Ironicamente, dessa vez, a “tática” deu certo e ele ouviu um “Não tão lindo quanto você, gatinho”. Mas era de um cara! Normalmente ele teria se assustado, ficado com raiva ou qualquer coisa do tipo. Hoje, só riu, gargalhou na verdade, e continuou andando fingindo não ser com ele.

Quando Lucas parou em frente ao condomínio que era o destino de sua viagem, o velho e o moço tocou. Foi um momento solene. Ele refletiu bem e pensou em o quanto aquela música foi importante para que tudo isso acontecesse. Para que ele estivesse finalmente ali, em frente àquele prédio, prestes a passar mais um dia inesquecível. 

E como havia sido no começo, quando os Hermanos cantaram “...E eles têm razão quando vem dizer que eu não sei medir nem tempo e nem medo...” a coragem encheu seu peito e ele apertou o interfone do 13º andar.

- oi ..



P.S.: escrito originalmente para meu blog pessoal.