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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Causos de trabalho

Não sei se é porque sou apaixonado pelo que faço ou se dei a enorme sorte de só achar gente bacana onde estou estagiando. O fato é que além de muita produção jornalística de primeira as entranhas da TV UFMG são uma verdadeira fonte de causos e situações.

...

O silêncio momentânio da ilha de edição é rompido pelo som típico da porta abrindo. Um rangido arrastado que insiste em gemer, por mais cuidado que se tome.

- nhêêê...

Pela porta passa, conforme escutei a descrição de um colega, "A Beleza". Uma das estagiárias de férias, morena, simpática, uma voz rouca, aquele típico óculos de jornalista e uma fita DV nas mãos.

- Aqui, preciso edit.... NÃO! Não acredito que é você? Carlos?? CARLOS?!

Ao ouvir o nome, meu colega olhou para ver quem era a histérica e... não a reconheceu.

- Carlos? Não se lembra de mim? [Ela recompõe a postura e a voz... na verdade, empossa um ar de Femme Fatale] Você não morou no interior de Pernambuco na sexta série? Sou eu, Amanda! Eu sentava na primeira fila!

Segundo me contou, as memórias começaram a fervilhar em sua mente. "Nossa... Amanda? Putz, essa menina nem olhava na minha cara... fazia o tipo 'Garota Malvada'... top da sala... e eu maior 'menino-bizarro-que-não-é-daqui-e-fica-na-dele'"...

- Nossa Cacá - Volta ela a falar aos sussuros, já se sentando no braço da cadeira - Eu era louca por você... ficava procurando um jeito de falar... quando voc... [a voz falha] quando você foi embora eu chorei tanto....

"O QUÊ? Não acredito nisso.... e eu achando que ela nem me via... droga, era a mais bela da sala.. putz, eu era bonito e não sabia... Ninguém nunca me chamou de Cacá... enfim..."

- Olha como são as coisas né, Cacá! A gente, se encontrando de novo aqui em Minas... num estágio... parece coisa de destino... Mas eu estou apenas para o estágio de férias... hoje é meu último dia... quero lhe dizer tanta coisa [diz Amanda, se aproximando à um centímetro do rosto de Carlos]. A gente podia ir num cinema.... qualquer lugar que você quiser, Cacá.

Carlos ficou sem voz, sem ação... Uma mulher linda como aquela, falando daquele jeito com ele... depois de tanto tempo, reencontrá-la ainda mais bonita e mais apaixonada do que nunca??? Naquelas circunstâncias, sendo quem era, só podia dizer uma coisa:

- Não posso.

Quando ele me contou o caso, fiquei atônito, perplexo, surpreso e qualquer outro sinônimo parecido. Por quê diabos ele faria uma coisa dessas? Ela, praticamente, se jogou nele e o cara não fez nada? Pensei tudo isso em uma fração de segundo.. enquanto Carlos respirava. Terminando o caso, balançou a cabeça negativamente, suspirou e disse aquela verdade inegável:


- Esse tipo de coisa só acontece quando estou namorando, viu...


4 comentários:

Amandex disse...

sijisjisiijsj (risadas excentricas)

Definitivamente, você nasceu pra isso, texto otimo!!!

E, claro, surpreendente!!!
auhsuhahuashah
Adorei
e coitado do "cacá" ...uhuhuahuuhua

Beijos

Nath disse...

UHAAUAHUAHUAHUAUHAHUAHUA
deu dó!

mas parabéns pela fidelidade :D

Coutinho disse...

huahuahuahua mto bom!!

o pior q eh sempre assim mesmo, sempre qdo num pode acontece hehehe
mto bom o texto viu!
flwws

Mariana disse...

Admiro o Cacá. Fidelidade é coisa
rara.

Seu texto ficou muito bom, não preciso nem dizer, neh?!

beijos*