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sábado, 31 de janeiro de 2009

Prepare-se para a encrenca...

Só se for encrenca em dobro!


Ah, quem não se lembra disso? Pelo menos quem viveu e assistiu desenhos na década de 90 deve lembrar desse lema. Principalmente eu, que em uma loucura de férias, resolvi assistir TODOS os episódios de Pokémon. Quebrei a cara, são mais de 550... mas deixa pra lá.

Eu tinha esquecido o que era mais legal na série (depois das batalhas): A Equipe Rocket.

A mais famosa organização criminosa do anime tem fortes planos de dominação mundial através do roubo de Pokémons fortes e  lendários. Comandada pelo misterioso líder Giovanni, que lidera tudo por trás da sua pose de líder de Ginásio da cidade de Viridian, os Rockets dispõem de uma alta tecnologia em favor do crime que eles sempre estão dispostos a usar.

Mas, contrários a todo esse poder, surgem Jesse, James e Meowth. O trio simplesmente não faz nada certo e é o tom cômico do anime. Sua missão é simples: roubar o Pikachu de Ash e, sempre que puder, roubar outros pokémons raros para entregar pro chefe. Se eu não me engano, a única coisa que eles levaram pro Giovanni até hoje foi o Togepi da Misty, que ele simplesmente ignorou (no episódio que o Ash conquista a insígnia da Terra).


A cabeça da Equipe é Jessie, uma bela garota que teve uma infância pobre e difícil. Tinha o sonho de ser enfermeira pokémon, mas, ao ajudar uma Chansey desastrada, acabou sendo expulsa da escola. Tentou ingressar na Pokemon Technical School junto com James, mas os dois fracassaram espetacularmente (como sempre fazem, aliás). Já como uma dupla, os dois foram líderes de um gangue de ciclistas até ingressarem na equipe Rocket e conheceram  o Meowth, formando o trio que azucrinaria Ash e sua equipe. Reza a lenda (já que ainda não cheguei nesses episódios) que Jessie torna-se uma coordenadora Pokémon  na saga Hoenn. O dia que eu descobrir o que é ser um coordenador volto e explico. 


O outro membro humano da equipe é James. Ao contrário de Jessie, sua infância foi muito rica, mas quando seus pais resolveram casá-lo com uma garotinha chamada Jessiebelle, o garoto fogiude casa (abandonando seu Growlithe) e tentou ingressar na Pokemon Tech com Jessie. A partir daí o caminho dos dois é o mesmo já escrito aí em cima pra Jessie. Mas uma coisa a se destacar é que James nunca perde a oportunidade de se fantasiar de mulher, tanto que um dos episódios da 1ª temporada foi censurado porque James coloca silicone para parecer uma modelo...

Completando o time está Meowth. Sua maior peculiaridade é conseguir falar. Aprendeu isso quando morava em Hollywood e se apaixonou por uma Meowth ricassa que venerava as atitudes humanas. Então ele aprendeu a falar e a andar com duas patas, mas tudo o que conseguiu foi aumentar o desprezo que ela sentia. Vive esquecendo que ele mesmo é um pokémon e tenta controlar  os outros.

Os principais pokémons que eles possuíram foram:

Arbok: Evolui da Ekans que Jessie possui no início do Anime. Um dos principais pokémons da treinadora, que deixou-o ir para proteger um bando de ekans.

Licktung: Jessie capturou esse pokémon na raiva, mas ele se mostrou um forte aliado no episódio "Princesa versus princesa". Trocou-o por engano por um Wobbufett.

Wobbufett: Como já dito, Jessie adquiriu esse pokémon depois de uma troca enganosa. Possui apenas um ataque (contra-ataque) e é altamente inoportuno, aparecendo nas horas mais impróprias.

Jessie teve um Shelder por um episódio, já que ele mordeu um slopoke e evolui pra slowbro. Reza a lenda que ela ainda vai ter um Seviper (outra cobra ¬¬), um Yanma (que vai evoluir para Yanmega) e um Dustox.

Weezing: Pokémon clássico de James, que sempre soltava sua cortina de fumaça para fazer a equipe roxket fugir em paz. Evoluiu junto com a Ekans de Jessie e abandonou o trio para cuidar de um bando de Koffings.

Victrebell: Ok, eu ainda não sei como esse pokémon surgiu no anime, mas também reza a lenda que isso será contado mais adiante. Esse pokémon tem a mania de tentar comer o James toda vez que é chamada para uma batalha.

Gyrados: Sim, James já teve um Gyarados. Na verdade era um Magikarp que ele maltratou e jogou no mar. Logo depois disso ele evolui e se vingou do seu ex-dono.

Ele ainda vai ter um Chimecho, um Cacnea, um Carnivine e um fofinho Mime Jr.

Tá, agora chega! Vou ali assistir mais um episódio porque eu quero ver a Equipe Rocket decolar mais uma vez na velocidade da luz!!!! 

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Velha infância

O Tribalistas é um projeto dos músicos independentes Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown e Marisa Monte. Basta “googlar” por alguns minutos para, no mínimo, admirar a forma como tudo surgiu e como trabalharam nessa “banda”.

Amigos de longa data, sempre compunham juntos. Certa vez, se reuniram por algumas semanas em Salvador, na casa de Arnaldo, e várias músicas surgiram, cerca de 20. Eles afirmam que não tinham intenção alguma de gravar um álbum, mas também não rejeitavam a idéia. Assim que surgiu a oportunidade se trancaram num estúdio e gravaram o disco, até hoje, único. “Foram dois dias de ensaio e treze de gravação” lembram.

A musicalidade das canções é impressionante. O CD é praticamente acústico, com melodias envolventes e inovadoras para o pop do Brasil. Mas, pessoalmente, uma das músicas que mais gosto desse “anti-movimento” [como eles gostam de deixar claro] é “Velha infância”.

Nessa canção, o eu - lírico compara a emoção da paixão com a nostalgia da meninice. E a melodia, aconchegante e tranqüila, estimula quem ouve a viajar até seus primeiros anos e compreender o que se passa.

Talvez, justamente por isso que gosto tanto dessa faixa do álbum, porque gosto de lembrar. Lembrar de casos como quando era pequeno e descia sozinho a avenida principal de certa cidade, para ir à escola, e sempre cumprimentava a garotinha da casa 44, irremediavelmente sentada no portão com um sorriso sincero e um conjuntinho infantil rosa ou branco. Ou mesmo as lembranças ruins de tombos de bicicletas, machucados e “surras”. Eu acho que lembrar é como abrir um livro daqueles de citações e reler um pensamento intrigante.

E, como as lembranças são caóticas e desordenadas, Leitor, peço licença para que, sem motivo lógico, eu acrescente esse parágrafo desconexo com o texto, mas que é nobre demais para ser simplesmente “adicionado” no final ou em um Post Scriptum: um parágrafo de agradecimento. Obrigado a todos os Andreóli’s, Douglas’s, Ivan's,  Mateus’s, Felipe’s, Everton’s, às Mônica’s, Stephani’s, Laisla’s, Jaqueline’s, Tábata’s, Kate’s, Karla’s, Juliana’s.... e todas as outras pessoas que talvez eu nunca mais veja, ou veja, quem pode saber? Saibam, caso estejam lendo, que se gosto de lembrar, parte dessa “culpa” é de vocês.

Mas todos os dias são [ótimas] oportunidades para se fazer [ótimas] lembranças. Por isso que as amizades diárias, as que ainda construímos, são também tão essenciais.

Nunca fui Hi-tech. Não me entendam mal, não que eu não goste, mas meus pais tinham uma política mais ou menos “você tem que conquistar o que quer, assim você valorizará muito mais o que tiver”. Hoje eu agradeço, mas quando criança... Bicicleta? Aos [pasmem] 13. Videogame? Eu tinha o Dinacom quando a loucura do momento era o Mega Drive; No natal que ganhei o Mega Drive todos tinham o Super Nintendo; Quando ganhei o o Super Nintendo a onda já era o PlayStation.... Enfim, estava sempre uma “onda evolutiva” atrás no caso dos brinquedos. Não sei se Seu José e Dona Gesa realmente acreditavam nesse papo de valorizar ou se tudo não passava de economia [acho que não], o fato é que funcionou.

Aí deu no que deu. Um macaco que sempre anda meio procurando alguma nostalgia gostosa pra viver. Que o livro que mais adora é o Encontro Marcado do Sabino. Alguém que está sempre tentando entender a beleza do clássico, insistentemente admirando o que todo mundo acha que já passou da hora... Reutilizando cotidianamente a velha [e saudosa] infância.

É, o post já está bem grandinho, acho que vou parar por aqui. Afinal, o Windows Media Player já mudou a música pra “Já sei namorar” [igualmente ótima]. Só mais duas coisinhas:

- Aí embaixo vai uma dica de vídeo. Uma “nostalgiazinha” irônica.

- Mil desculpas pelo atraso no post. Praga sua, Kika! XD










terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Inspire e expire

Hoje estou sem inspiração.

E descobri que essa história de estar inspirado ou não é um saco. Quem mandou ser escritor? Já ouviu falar de um mecânico não inspirado? Ou de um caminhoneiro sem inspiração? Pois é.

E, pensando nisso, cheguei à conclusão de que as musas inspiradoras são umas vadias malvadas. Por isso, mandei uma carta a Musas Inspiradoras S.A. - cujo conteúdo não vou postar aqui por possuir linguagem explícita - e recebi a seguinte resposta:

"Iwazaru:

Lamentamos muito sua situação, mas achamos que sua atitude é em demasia exagerada e violenta.

Em primeiro lugar, não somos uma profissão feminista. Acontece que, na época em que surgiram as musas, os homens não deixavam as mulheres fazerem nada, portanto tinham mais coisas para fazer. Ou seja, estavam sem tempo para inspirar os outros, e eram eles que precisavam de inspiração. Além do mais, gostaria de lhe avisar que "muso inspirador" já é uma profissão que 3% da população masculina mundial declarou como "interessante", e 0,0016% já pratica regularmente.

Em segundo lugar, achamos injusta sua acusação de que as musas trabalham quando querem. Nada disso, o dia de uma musa é cheio. Afinal de contas, temos milhões de pessoas que inspirar. Ou como você acha que foram feitas Casablanca, Titanic e Tróia? Tudo nossa inspiração. (É verdade que, no dilema de atender uns e deixar outros de lado, surgiram Harry Potter e As Relíquias da Morte, O código Da Vinci e a 3° temporada de Lost).

Lamentávelmente, sua sugestão de criar uma Personal Musa não é possível. Não temos suficientes musas disponíveis para este serviço, e entenda por favor que, como personagens míticas, não estamos presas ao dinheiro humano e seus interesses mesquinhos.

Nada disto, é verdade, justifica o fato de que você não estava inspirado. A nossa única sugestão é: Espere a estar inspirado para trabalhar. E se, por exemplo, você tiver que se ater a um calendário, bem, assita o trabalho de alguém que estava inspirado. Não é uma musa, mas pode ajudar.

Sinceramente,
Musas Inspiradoras S.A.

P.S.: Em uma consideração especial, terça-feira que vem você receberá uma musa, garantido. Mas, devido à dificuldade de convencê-las a trabalhar forçadamente, só pudemos conseguir Helga, a Musa dos Gladiadores e Lutadores Medievais. Não deixe sua aparência um pouco rechoncha e masculina amedrontá-lo, ela tem uma bela voz e canta arias maravilhosas."

domingo, 25 de janeiro de 2009

Dia de festas

Meu dia de postagem é aos sábados. Mas hoje é domingo, vocês podem argumentar. Como eu sou da política de que o dia só muda depois que a gente dorme (coisa que eu ainda não fiz), mando um grande foda-se para todos porque eu vou postar mesmo assim!

 

Sim, estou feliz... na verdade embriagado. Não de álcool, porque não bebo... Aliás, um dia quero ficar bêbado só para escrever um texto e ver no que dá. Deve ser legal, juro que um dia vou experimentar.

 

Mas voltando, tô embriagado de glicose mesmo. Hoje foi o aniversário do meu sobrinho e a festinha foi aqui em casa. Ou seja, tem bagunça aqui desde cedo. E doces desde cedo. Acho que acordei comendo algo com muito açúcar. Enquanto a gente arrumava a decoração, mais açúcar. Durante a tarde sem internet (que simplesmente não quis conectar o.O), mais doces. E, na hora da festa, resolvi comer alguns salgados para contrabalançar tudo. Mas meia hora depois eu já estava empanturrado e voltei à glicose. Depois ainda teve bolo e sobremesa.

 

Resultado de tudo isso: estou elétrico. Já sou naturalmente hiperativo, mas estou um pouco pior agora. E teoricamente tenho que dormir. Amanhã tem muita coisa pra arrumar aqui, mas como estou acordado, já lavei todas as vasilhas e limpei a cozinha... que preguiça por mim mesmo!

 

Mas festinha de criança é simplesmente mara. Tem muita comida, muito doce, muito refrigerante, muito tudo! Tudo bem             que vai ter coisas para eu comer até o final da semana, mas nem vou reclamar... na verdade vou é engordar com tudo isso!

 

Ah, quer saber de uma coisa? Não estou nem aí... tenho é que ir dormir porque amanhã tenho um churrasco para ir e meu estômago precisa se recuperar da comilança de hoje!

 

_________________________

 

P.S.: Ia postar esse troço ontem de madrugada (2:21), mas minha internet tá  um lixo e simplesmente nem quer conectar... então tô postando hoje =D foi mal meus (2) leitores! =D

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Do início ao fim



“Eca! Eu nunca vou gostar de uma menina, nunca. Elas são tão fresquinhas, chatas e..... gostam de dar beijinhos “

Betinho – 5 anos – Conversando com Mauro [que viria a ser seu melhor amigo]

 

“Ó, que legal... Um arco-íris na tela... vou fazer denovo!”

                        Mizaru - 8 anos – Instantes depois de passar um imã distraidamente em frente a TV e instantes antes de gravar uma sombra colorida no canto direito da tela para sempre.

 

“Você é tão linda. Tão meiga. Quando eu estou com você, não preciso de mais ninguém, de mais nada. Nunca vamos nos separar, eu juro.”

                        Gabriel – 12 anos - De baixo de uma macieira, nos fundos da escola, se declarando para Suzan.

 

 “Cara, são três contos por minuto, nem um centavo a menos.”

                        Roberto – 14 anos – Filho da costureira e dono da frestinha de janela mais requisitada do bairro.           

                       

 “Se eu te amo? Claro que te amo, gata.”

                        Caiky – 16 anos – Diz pela quarta vez, para a quarta pessoa, em três horas no shopping center para a “gata” [chamada assim para evitar o nome, que ele não lembra].

 

“Não, no olho não... por favor... ai, meu cabelo... Droga, que cheiro é esse? Não! ... Ai, quê? Esse palitinho? Desse tamanho?”

                        André – 18 anos – Inicio de ano – Trote da Facul

  

“Cala a boca, Calouro Burro! Você é muleke! Num sabe quanta experiência eu tenho! Respeito que eu sou seu veterano! Anda calouro burro! Elefantinho, vamô! Sem reclamar... Bebê Chorão!”

                        André – 18 anos – Meio do ano – Trote da Facul

 

 “Onde eu moro? Boa pergunta, seu guarda!”

                        Felipe – 23 anos – Em algum lugar, três da manhã.

  

“Claro que te amo, gata”

                        Tadeu – 27 anos – Diz, sinceramente, pela primeira vez depois de seis meses de namoro.

 

 “Eu sei que vai ser difícil. Sei que talvez a gente fraqueje e sei lá o q vai acontecer. Só sei que quero tentar com você. Quer casar comigo?”

                        Emerson – 29 anos – No apartamento que divide a dois anos com Sabrina.

  

“Grávida? Você tem certeza? .... é? PAI! EU VOU SER PAI!!!!!!”

                        Gonçalves – 32 anos – Ao telefone, pouco antes de “brindar” um charuto com um desconhecido, se sentindo finalmente um homem com h maiúsculo.

 

“Desculpa amor, isso nunca aconteceu comigo antes”

                        Alberto – 45 anos – Sentindo o peso dos anos nas costas e ficando em dúvida se realmente é um homen com h maiúsculo.

  

“Não se preocupe, Gilda. O doutor me garantiu que essas pílulas azuis funcionam mesmo”.

                        Carlos – 49 anos – Tentando driblar o tempo.

  

“Se meu coração parar agora, não importa, eu estarei feliz”

                        Denis – 79 anos – Respondendo a pergunta “O senhor tem certeza que quer fazer isso?”, instantes antes de pular de para-quedas.

 

A vida é feita de grandes e pequenos capítulos que só podemos ler uma vez. Aproveite bem o que você está lendo agora.



Ambas as fotos retratam a mesma mulher, Sharbat Gula. Ela se tornou o símbolo da cultura afegã ao ser clicada pelo fotógrafo Steve McCurry, para a National Geographic de 1985. A segunda capa foi publicada em 2002, depois de muitas tentativas frustradas de reencontrar Gula. Duas imagens, dois tempos, praticamente duas realidades distintas e a mesma beleza direta, profunda, firme, quase acusadora no olhar. Sharbat Gula tem os olhos afegãos mais conhecidos e admirados do mundo Leia mais.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Não perca!

Reunião dos produtores.

De todos mesmo. Inclusive do dono da emissora, que teve que deixar a mulher sozinha na cama solar (e suspeita que ela vai aproveitar muito bem esse tempo).

- Ok. Podem começar.

O jovem time de criadores troca olhares nervosos. Um deles solta a primeira frase.

- Primeiro nós pensamos num título. Sabe, como os dos seriados de sucesso: Curto. Por isso, decidimos um número: 501 (faiv ou uan).

- O que quer dizer? - pergunta o produtor mais jovem (ele tem cinquenta e três anos).

- Pode ser o número da casa da personagem, a quantidade de quilos que ela tem que perder ou as pessoas que ela já matou.;

Até aí, tudo bem. Mais o dono da emissora discorda.

- Não gostei. Parece muito com o de outras séries.

- Temos mais - diz outro integrante do time - "Entangled" (algo assim como "enredado").

Todos se olham. "Entangled". Pode até ser.

- Por que?

- Por que a personagem se vê envolta em muitas histórias.

- Que bobagem. Gostei do título, mas arrumem outra explicação - diz o produtor mais velho (ninguém sabe quantos anos ele tem).

- E vai ser sobre o quê?

- Temos várias opções - diz uma jovem de óculos, desplegando alguns cartazes - Pode ser de um policial...

A cara dos produtores a silencia imediatamente. O cartaz do policial some rápidamente.

- De um chef de cozinha russo que...

De novo, zero aprovação.

- Uma família de subúrbio...

Não.

- Uma passeadora de cachorros...

Nyet.

- Um pingüim! - grita outro integrante do time. Os outros jovens olham para ele, confusos, mas os produtores não dizem nada e o jovem continua.

- No seriado, o pingüim chega a Nova Iorque sem querer e acaba transformando a vida de todos os que o cuidam.

- E por quê "Entangled"? - pergunta o faxineiro, que está do lado dos produtores.

- Por que ele acaba fazendo com que muitas pessoas que não se conheciam fiquem envolvidas.

Como por mágica, surge um cartaz, a tinta ainda fresca, em que o pinguim está rodeado por várias pessoas, em atitudes de ódio, amor, amizade, comércio e outras.

- Gostei - diz um dos produtores, no caso uma mulher, quebrando o gelo - O pinguim é um bom icone.

O dono da emissora levanta.

- Então está decidido. Coloquem no prime time. Quero um piloto em duas semanas. Se não der certo, tudo mundo nesta sala perde o trabalho. Certo?

Todos assentem, mas ninguém tem medo. Esse show vai ser um sucesso.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Mais aplausos! Cambada de gentalha...

Desde de Celebridade que eu não via uma novela tão boa. E quando eu falo boa, é em todos os sentidos! Desde o Teaser (vídeo aí em cima) até o último capítulo (que foi ontem), A Favorita conseguiu quebrar as expectativas do público como a muito tempo não era feito. Só de uma novela começar sem a definição de quem é a vilã e quem é a mocinha já é inovador.

Quer mais? Esse segredo não foi revelado só no final da novela. Minha mãe quase brigou comigo quando eu falava que a Flora era a vilã. No final eu acertei e ela ficou achando a novela pésima. Claro, o público em geral gosta de coisas completamente previsíveis. Mas aí veio A Favorita!

E pra completar tudo isso, as atuações foram magistrais. A Patrícia Pillar como Flora ficou mara! Uma vilã digna de ser comparada à Laura. Ela matou nada mais nada menos que oito pessoas na novela (de acordo com o Video Show), conquistou 500 milhões de dólare
s (ou algo assim) na lábia e ainda comprou a casa da família Fontini... Quase a cachorra da Laura!

Todos os pontos posíveis pra João Emanuel Carneiro! Uma novela fantástica... até hits na parada de sucessos ela colocou. Quem não vai se lembrar daquele "beijinho doce que ele tem", cantado pela Flora ou pela Donatella?

A cena do casamento da Flora rendeu muitos remix (ou remixes? sei lá) dessa música. E Várias capas de cds montadas tbm! 



Simplesmente um sucesso! Na verdade nem foi um sucesso tão grande de audiência, mas foi muito bem escrita e reproduzida, pena que não é nos padrões Glória Peres ou Manuel Carlos. Agora vai começar "Caminho das Índias", também chamada de "O clone 2". Essa eu não vou ver...

Ah, quer saber de uma coisa? Vou sair agora porque eu tenho que ver a reprise do último capítulo! =P

Os primeiros de muitos

A ae galera! Nos reuimos de novo para fazer esse post de agradecimento. O blog tem conseguido manter o seu ritmo de postagens, de qualidade e tem bastante gente acessando.

Tanto que, com muito orgulho, já recebemos dois selos. Como manda a regra vamos a eles.


O primeiro foi o Selo Seis Coisas, Seis Links.

Como todo selo, exitem regras. Vamos a elas:
1. Fazer um post bem legal [feito?]
2. Escrever as regras do Selo no post [É, isso dá pra fazer- piada velha... rsrs]
3. Contar seis coisas aleatórias sobre você [Verdade ou desafio? num pode escolher desafio não? rsrsr]
4 - Indicar mais seis pessoas [Seis... legal, mas que quem ficar fora da lista não ache ruim]
5 - Avisar os indicados [heheh... justo.]
6 - Colocar a foto do prêmio [CRTL+C CRTL+V]



Seis coisas sobre nós?
1. Somos macacos
2. Adoramos escrever
3. Nosso codinome não é macaco porque somos peludos [isso responde a pergunta de uma colega minha].
4. Estudamos Comunicação.
5. Cada um tem um jeito diferente do outro [como vcs podem ler no perfil do lado ae => ]
6. Aceitamos mais selos. XD

Agora os seis indicados:
1. Nova empreitada da Grande Anna e sua tentativa de amarrar as idéias [ou seriam ideias?]
2. Diretamente do espaço sideral Vá-LUA e seu blog vaLUAndo.
3. Grande presidente mundial e campeão mundial da F1 do ano passado Veteranogueira.
4. Buono e seu blog meio parado nessas férias: Brainstorm in blog
5. O Fantástico e pequeno mundo de Small e seu Such a small world.
6. Um blog que um dia voltará a ter postagens ? Umas Linhas Interligadas




Legal né? Mas não acabou ainda!!! O 3B recebeu outro selo também!

Nossa Grande Amiga Small disse que, definitivamente, A-D-O-R-A nosso blog! Valeu mesmo parceira!

O que vem agora? Claro, as regrinhas queridas. XD

  1. Postar a imagem do selo no blog. [Taí]
  2. Mostrar quem te indicou através do link do blog [Done]
  3. Distribuir (colocando o link dos blogs indicados, assim como comunicá-los) [Oks]
  4. Publicar as regras no post! [É isso ae!/

Indicamos para o Megale e seu Não entre em Pânico e pro nosso colega Ramon e sua Criatividade Itinerante!


É isso ae Galera! Valeu mesmo pelas indicações e esperamos que todo mundo continue acessando o 3B!!! Fazemos pra vocês, afinal de contas. Ah, não se acanhem, qualquer crítica, sugestão ou zuação mandem um e-mail para tresbananas@yahoo.com.br


Abração e Muito Obrigado denovo

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Flashback

All the small things diz:
Pois é! Eu odeio o Mil-néle. Você viu o que ele falou com a coitada? “A coisa mais idiota que eu já ouvi na vida”... Nossa.

Mizaru
diz:
humm
Ele é louco, isso é o que eu acho. Acho que fugiu de um hospício ou cadeia. Ou de um hospício para homicidas. Aqui, vou sair... bjos.

All the small things diz:
Yay! Bjuu…
Calma!
CALMA!
Você vai sair agora? São onze da noite!
:( , ele já foi.

As últimas quatro frases eu só li quando loguei novamente no MSN no dia seguinte. Era tarde, mas o [maldito] horário de verão me enganou. A noite estava infernalmente quente ali no meu quarto. Quando olhei pela janela, vi a avenida pouco movimentada que pela manhã está sempre cheia de “esportistas de meia hora”. A lua brilhava e realmente parecia me convidar a ir até a padaria comer um pão de queijo e curtir a brisa tranqüila que não entrava no apartamento.

Desci as escadas ansioso pelo toque do vento no meu rosto. Ansioso para dar uma boa dentada no pão de queijo e um gole no leite gelado, especialidade daquele padeiro. Porém, mesmo se eu tivesse chegado a padaria naquela noite, eu não me satisfaria, ela fecha às nove. Mas ninguém tem acesso ao botão de “forward” da vida e não havia nem como suspeitar dos quão estranhos e bizarros seriam os momentos seguintes.

Eu estava na avenida principal da região, a dos aspirantes à “Edson Cordeiro”. Tudo estava vazio, exceto por mim, ou quase isso. Eu ouvia passos acompanhando os meus. Cheguei mesmo a pensar que eu escutava outra respiração que não era a minha. Mas, quando me virava para olhar, não dava pra ver nada. Fiz esse movimento três vezes, sempre sem perceber nem uma sombra estranha.

Mas a sensação era mesmo estranha. Me senti, confesso, como em um filmezinho bem clichê de suspense. Sabe a cena da perseguição? Alguns instantes e o que a pessoa faz? Claro, acelera o passo. Foi o que fiz.

- Que ridículo, eu não vou ficar correndo do nada... o que faço depois? Começo a gritar e corro como uma “donzela em perigo” – Pensei e olhei para trás denovo.

O choque foi tão intenso quanto cômico. Um menino, ele tinha uns seis ou sete anos. Maltrapilho, loiro, olhos castanhos e de pele bem bronzeada pelo sol. Um típico menino que passou o dia inteiro na rua. Claro que estava brincando comigo, eu pensei enquanto me envergonhava de ter tido medo de um pequeno garoto zombador. Mas era só o começo da surpresa.

- Passa a grana aê “baxin”! – Disse o garoto com a voz tão grossa quanto podia.
- Quê? – Não que eu não tivesse realmente entendido, mas sei lá, ainda estava pensando que era brincadeira.
- Po mermão, c ta me zuando? Mandei passar a grana, porra! Qualquer “dois real” ta valenu! – Ele sussurrou tirando a arma da calça.
- Quê? – Tenho a péssima [ou ótima] mania de repetir minha última frase quando não sei o que fazer.
- Mister... Di-nhei-ro... Tchu Real... – Falou mansinho, quase que pedagogicamente, o garoto num bizarro acesso de “generosidade”. Na certa achou que eu fosse turista. [Sim, minhas roupas são estranhas].
- Dinheiro? O quê? Não comprrrrender – E lá estava eu, dançando conforme a música. XD
- Senhor... [gesto de dois com a mão] ... Môni... Mim!
- Mas eu não te conhecer.... qual é seu nome?
Nisso ele já tinha guardado a arma. Aquilo tinha se tornado uma questão de honra: Ajudar um estrangeiro a ser assaltado. Quase poético.
- Mateus, senhor.
- Mattew?
- Não... MÁ-TÊ-US...

Continuamos andando... Consegui retornar rumo ao meu condomínio e o garotinho indo atrás de mim. Não ia demorar muito a ele perder a paciência. Tinha que mudar de atitude.

- Mas Mateus, para que você quer mesmo dois reais?
- Uai.. como assim? Eu quero, me passa!

Ele havia percebido que eu não era estrangeiro, débil mental ou coisa que o valha... estava começando a ficar com raiva. E arma não é brinquedo.
A situação estava fugindo do meu controle, meu prédio estava longe. Eu ia morrer na situação mais ridícula.

“-Por que você matou ele, muleque?
- Ah, eu só queria dois reais, mas ele começou a me zuar... buáááá´....
- Hum, entendo. Pobre garoto... – Vira para o outro lado, aponta acusadoramente- Difunto mau! Difunto muito mau!”

Então foi quando lembrei de um grande amigo meu, ícone mor da coragem e da bravura. Uma ave modelo... O que fiz? Olhei para o lado e entrei numa casa que nunca tinha visto antes, claro.



P.S.: Não resista a assaltos, nunca.
P.S.2: Essa é pra quem me cobrou histórias reais no blog

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Vestibular é que nem sonho ruim... é ruim!

- Mononucleose!

Mononucleose? O que que é isso? Calma, calma, é doença.

Mas qual? Hã... Não sei. Mas pelo nome dá pra saber. "Mono" quer dizer "um". Vai ver suas células ficam com só um núcleo. Mas elas já tem só um núcleo! Ou será que tem mais? Meu Deus, por que esse cara do meu lado teve que revisar justamente agora, quando faltam só dois minutos pra prova começar?

Pouco depois, outro grita o contra-ataque.

- Carlota Joaquina!

Essa eu sei. Princesa do Brasil. Mas, aliás, por que ela era princesa? Não devia ser rainha? Havia príncipes no Brasil? Claro que havia. Vamos ver, hierarquia indígena: Rei-índio, Rainha-índia... Não, pera aí. Eu inventei isso. Cabei de inventar! Ai, Meu Deus, quem é mesmo Carlota Joaquina?

- China! - diz um mais perto da entrada.

"China"? Como assim China? Que que tem China? China é um país que... uai, aquele, mô poderoso... Aliás, China é país mesmo?

Calma, calma. Eu sei tudo, eu estudei ontem... Melhor uma prece. "Pai Nosso, que estás no céu..." Repare que "estás" é presente indicativo da pessoa tu... a segunda pessoa. Segunda? Não é terceira? Ai, Deus, me ajude!

- 24 de outubro!

Se faz um silêncio geral. Os vestibulandos ao meu redor, eu inclusive, encaramos uma jovem que nos devolve o olhar, tímida.

- É meu aniversário, gente! E se tiver que preencher questionário?

Ah, verdade! Quando é o meu mesmo? Hum... 25 de dezembro. Não, Jesus. 1 de janeiro? Não, a Terra. Deixa pra lá, eu ainda posso ligar para casa e perguntar...

Acordo, suando. Que pesadelo! Mas o vestibular foi ontem... Ou é amanhã?

sábado, 10 de janeiro de 2009

A febre do momento...

Ler no computador é algo que não dá certo. Mas que opção eu tenho? O livro ainda não saiu em português e eu tô com uma curiosidade violenta pra ler. Li os três primeiros e o troço me prendeu de tal forma que eu não consigo mais parar. Ia até deixar pra postar isso depois de terminar, mas não ia dar tempo...

O pior é que o livro tá uma febre. Tá todo mundo lendo e comentando. Agora que virou filme então... nossa, mania geral mesmo. Tudo bem que a história é muito voltada para o público feminino e tal. Mas eu sou homem e estou gostando, portanto, sem preconceitos com histórias água com açúcar.

Por que é basicamente isso que é o livro. Pelo menos o primeiro. Imagina um heroizinho perfeito, praticamente sem defeitos. Um cara (?) bonito, romântico e que te ame até quando você está com o pior mal humor do mundo e destratando ele. Pois é, esse é um dos mocinhos da história.

Eu disse um dos mocinhos porque tem um outro rapaz super simpático, mas completamente diferente do primeiro, que também disputa a moça em questão.  Ah, eu não falei que tinha uma moça na história? Tinha até esquecido... é sob o ponto de vista dela que a gente vê o que se passa. Sob os pensamentos dela que tudo é mostrado. Ou seja, todas as confusões de uma adolescente são passadas através das palavras [/Revista Capricho].

Até agora isso tá parecendo o enredo da nova temporada da Malhação. Mas calma que piora. Sabe aquela novela dos Mutantes da Record? Coloca isso na Malhação e pensa no que vai dar... dá no livro de maior sucesso atualmente! 

E se você pensa que tudo isso ia acabar em algo ruim, pensou errado. São quatro livros que vão ficando cada vez melhores (tudo bem que achei o terceiro melhor do que o quarto, mas deixa pra lá). Nessa altura, se você ainda não sabe de que série eu tô falando, pelo amor de Deus... desliga o computador e vai ler um livro. Ou melhor, pesquisa no Google e descobre do que eu tô falando!

Agora dá licença que eu ainda tenho que terminar de ler o quarto e derradeiro livro. Já era minha madrugada...

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Os Pré-israelitas



Mais de 700 palestinos contra cerca de 9 israelenses. Esse era o saldo parcial da ofensiva de Israel contra a Faixa de Gaza até dia sete de janeiro. O mais recente capítulo da epopéia dramática que se tornou o conflito entre palestinos e judeus no Oriente Médio.

Diferentemente da maioria dos conflitos, cujas justificativas estão diretamente fundamentadas na disputa econômica, nesse caso, a “terra” é o principal motivador dos combatentes de ambos os lados.

Entre aspas porque não é efetivamente o território que importa. No caso de Gaza, já é passado o tempo que sua posição era considerada imprescindível estrategicamente. Os míseros 360 KM2 sofrem com o caos demográfico e de infra-estrutura. Quase todos os um milhão e meio de habitantes são mulçumanos [99, 3 %]. Na realidade, a “justificativa” é: as três maiores religiões do mundo [a saber, o islamismo, o cristianismo e o judaísmo] consideram o terreno sagrado.

Os judeus vão ainda mais longe, consideram-se legítimos donos da “Terra Santa”, pois cidades religiosamente marcantes estão na região.

A crise moderna da Palestina parece ter início, a grosso modo, no fim da Primeira Guerra Mundial. Após a vitória da Tríplice Entente, novos países foram divididos entres os vencedores na condição de mandatários. O objetivo era auxiliar temporariamente na estruturação desses locais para que conseguissem se manter independentes. Na Palestina o mandatário foi o Império Britânico.

Na época, vale ressaltar, embora a maioria absoluta fosse mulçumana, todos os que viviam na região eram considerados palestinos. Islâmicos, cristãos, hindus e mesmo judeus.

Como previsto, todas essas nações se tornaram efetivamente independentes no curso das três décadas seguintes: O Iraque (Mesopotâmia) a 3 de Outubro de 1932; o Líbano, a 22 de Novembro de 1943; a Síria, a 1º de Janeiro de 1944 e, finalmente, a Transjordânia, a 22 de Março de 1946. A única exceção foi a Palestina.

Isso devido, principalmente, a ascensão do Sionismo, um movimento nacionalista judáico que pretendia fundar um “lar nacional para o povo judáico”. Chegou-se a cogitar a Argentina ou mesmo a África [Congo] para sediar a nova nação. Mas, como não poderia deixar de ser, a Palestina foi escolhida. E as mesmas palavras supracitadas entre aspas, o objetivo sionista, foram aderidas aos termos do Mandato Britânico.

14 de maio de 1948, a pressão sionista vence e Israel é reconhecida internacionalmente. Mesmo depois da “independência”, o sionismo continuou agindo na região, agregando territórios ano após ano, e pelo mundo, em busca de aliados para fortalecer suas instituições. Reduto conhecido dos judeus perseguidos durante a Primeira Grande Guerra e a Segunda Guerra Mundial são os Estados Unidos.

Ainda hoje, governantes e civis do planeta se espantam se o governo da Casa Branca se posiciona contrariamente às intenções israelenses. O American Israel Public Affairs Committee [AIPAC] é considerado o maior lobby da atualidade. Através de investimentos em campanhas eleitorais os interesses sionistas podem ser defendidos em Washington.

Israel tem um dos exércitos mais potentes e bem treinados do mundo. Por outro lado, os palestinos se apegam a sua fé e a grupos para-militares de apelo popular que oferecem alguma esperança. O apoio dos outros árabes, que em meados do século passado era efetivo, agora se assemelha ao do resto do mundo, palavras. Mudança graças a pressão de países como os Estados Unidos.

Enquanto você leu esse pequeno artigo, mais pessoas foram mortas, mais casas atingidas, mais refugiados e órfãos surgiram, menos infra-estrutura, menos saúde, menos comida... O Hamas foi eleito e sequer reconhece o Estado judáico, já chegou a profetizar “Esse ataque a Gaza será o cemitério de Israel”. O governo israelense se nega a cessar fogo [salvo animadoras três horas diárias] enquanto não desestruturar o grupo “terrorista” islâmico.

Para o vestibular cheguei mesmo a estudar, com muito pesar, sobre várias civilizações dizimadas, culturas perdidas que jamais poderemos compreendê-las plenamente: Feníncios, Philiteus, Maias, Vikings, Lakotas, Incas... E o mundo segue assistindo ao massacre palestino com cara de “alguém tem que fazer alguma coisa”. Só espero que não chegue o dia em que meu filho ou neto me peça ajuda com o dever de casa, com um livro de História aberto no capítulo sobre o povo “pré-israelita” e me pergunte algo como “Quem eram mesmo esses tais... er... ‘palentinos’?”




P.S.: Qualquer erro de apuração, perdoem o macaco.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

"Denotativamente conotativo... um texto para rolar de rir"

O escritor número 1 entra na sala. Todos ficam calados.

- E? - pergunta o escritor número 12, atual campeão do grupo, pois seu último livro foi chamado pelo Jornal Acadêmico de "não só satisfatório, senão prazeroso em um nível quase sensual".

- Bem, a Revista Literária disse "Delicioso, e recheado de ambigüidades construtivas" - diz o escritor número 1, com cara de uma criança ao mostrar um desenho aos pais.

Todos soltam suspiros de alívio e onomatopéias de desdém.

- "Ambigüidades construtivas"... que bobagem - diz o escritor número 3, que, todos muito bem sabem, não tem um livro de sucesso (nem crítico nem comercial) em um bom tempo - Qualquer idiota pode construir uma ambigüidade. Mas só um verdadeiro mestre pode, e agora eu cito a Publicação da Literatura Norueguesa, "dar tantos significados à palavra 'morte' que até quer dizer ‘vida’". Referiam-se ao meu "A Sociedade jaz morta", mil novecentos... - e deixa o número no ar, como se não lembrasse, para que ninguém perceba o quanto tempo realmente faz desde que recebeu a honraria.

- Mas eles estavam se referindo, obviamente, à tradução norueguesa - diz o escritor número 1, juntando-se aos companheiros na mesa redonda. Ele não está chateado pela atitude dos colegas, pois sabe muito bem o que é temer o sucesso alheio. Mas ser criticado por 3 era demais.

- E quem fez a tradução norueguesa? - responde o número 3, com ironia. Não foi ele, mas espera que todos acreditem que foi e lhe deixem saborear a superioridade.

- Não se sinta mal, 1. Todos já fomos chamados de ambíguos - diz o número 5, se bem que ele ainda tem que ser chamado ambíguo, pois as únicas ambigüidades que consegue escrever são as que a reforma do português lhe proporcionam (e se delicia colocando 'pelo's e 'para's em lugares estratégicos do seu texto).

- Suponho que é um bom começo - conclui 1, enquanto pega uma massinha recheada da mesa de chá.

- Claro que é! Eu, nos meus primeiros dias, teria me sentido exultante se alguém me chamasse de "delicioso" - assegura 12, e todos sabem que o diz porque, nos seus primeiros dias, ele não só era chamado de "delicioso" mas também de "candidato seguro ao prêmio Nobel". Prêmio que, todos lembram com prazer nos dias de tristeza, ele ainda está para conseguir.

- Você está no bom caminho. Quando eu ganhei a Pena de Ouro pelo meu "Caminhos no Milharal" - diz 4, referindo-se a um prêmio que seus colegas chamam pelas costas de "Pena de Latão", pois nunca se ouviu de um escritor decente que o ganhasse (eles, com certeza, não ganharam) - foi pela minha habilidade de conferir, às palavras, não só mais de um significado, mas aquele que, segundo o diretor da academia, "lhe é inerente, ao ponto de, lendo esta obra, sentirmos que um novo dicionário está sendo escrito nesta nossa bela língua".

- Se você quiser, posso te emprestar um guia que ganhei, autografado pelo autor, sobre "Palavras e Coisas: O que uma diz da outra?" - diz o número 6, o "Invicto", pois sempre gostou mais de ler do que de escrever, mas seu único livro foi um sucesso indiscutível. Ele já leva vinte anos preparando a continuação. Todos sabem que é uma estratégia: Obras póstumas recebem muita mais atenção da mídia.

- Não, não, 6, assim você estraga o garoto. Deixe que a vida lhe ensine uma coisa ou duas - diz 11, cuja professora havia sido na verdade a Universidade Israelense de Letras (que, pelas críticas que sua última trilogia recebeu, necessitava ser urgentemente substituída pela vida).

- O importante - diz 7, e todos se calam, porque 7 raramente fala (mas, quando o faz, "solta um rugido capaz de abalar o mundo", segundo o Guia de Escritores do Século XX) - é que ele começou bem, e ainda é jovem. Nosso dever é ajudar a nova geração.

O silêncio permanece depois de 7 falar. "Ajudar a nova geração"? 7 obviamente não está bem da cabeça. Quem liga para a nova geração? Eles eram o que importava! Uma vez que estivessem mortos, a literatura jazeria com eles! Escrever, a nova geração? Escrever sobre o quê? 7 realmente estava um pouco senil.

- Ah! Esqueci de falar - diz 1, quebrando o gelo - A Revista dos Professores de Faculdade recomendou meu livro para os graduandos em letras. Disse que é "o perfeito exemplo de porquê escrever já não é uma questão de talento, senão uma questão de fome".

sábado, 3 de janeiro de 2009

Meu bom e velho português...

Existem algumas coisas que a gente sempre espera no início do ano. Aumento da passagem de ônibus, IPTU, IPVA, matrícula da escola, prestações das compras de Natal. Essas coisas que todo mundo já cansou de falar e esquentar a cabeça com elas.

Mas nada disso tá me incomodando tanto nesse ano de 2009 quanto a reforma ortográfica do português. Se eu tivesse escolhido qualquer outra profissão, talvez até conseguisse ter uma margem maior de tempo pra aprender tudo. Mas não dá... o idiota aqui quis ser jornalista e aspirante a escritor. Aí ferrou tudo (pra não dizer coisa pior).

Agora o K, o W e o Y fazem parte novamente do dicionário. As mães agora podem colocar o nome do filho de Kewerlynton sossegadas porque pelo menos as regras de português elas não estão desrespeitando. Já as de bom gosto...

Deixa pra lá. Outra coisa que some também são os acentos diferenciais. Lembra quando você tinha que diferenciar pêlo de pelo? Agora você vai diferenciar pelo de pelo mesmo... ou para de para, fica a escolha do cliente qual vai querer usar.

Outro acento que desaparece também é o circunflexo das palavras com letras duplas, tipo voo, leem, enjoo ou creem. O acento agudo também vai começar a ficar escasso. Em palavras paroxítonas que possuem ditongos abertos “ei” e “oi” o acento some, assim com nas paroxítonas com i ou u tônicos, precedidos de ditongos. Complicou? É, até eu fiquei perdido... mas o mais importante é mostrar que palavras como jiboia, assembleia, feiura e baiuca não levam mais acento. E sem ele, minhas ideias vão até perder um pouco da graça...

O hífen também começa a ser simplificado. Quando a segunda palavra começar com r ou s, o hífen vai embora e a letra é duplicada. Isso vai acontecer em antirreligioso e antissemita. A exceção é quando o prefixo terminar em R, aí fica tudo normal (como em hiper-espacial). Quando o prefixo terminar com vogal e a palavra seguinte começar com uma vogal diferente, também não tem mais hífen, tipo em autoestrada ou aeroespacial.

Mas quem sofreu mais com isso foi a pobre da trema. Ela foi realmente abolida da língua portuguesa. Tenho certeza que minha linguiça nunca mais vai ter o mesmo gosto, ou o pinguim nunca mais vai ser visto com os mesmos olhos. Até a frequência vai ficar meio atordoada com isso...

Tá, a gente vai ter que acostumar com isso. Mas fala isso pro meu Word, que agora tá cheio de risquinhos vermelhos embaixo das frases...

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Virada de ano


“– Aí chefia, passa a Cidra! Passa a Cidra, mermão! Passa logo, senão te arranjo um ‘balinha’ de fim de ano!

- Ó o auê aí, ow! É Ano Novo!.

- Vamo logo! Te dou dez segundos!

- Dez!

- Nove!

- Oito!

...”

Morro do Afegão – Rio de Fevereivo


“- ...Que tudo se realize no ano que vai nascer.

  - Muito dinheiro no bolso...”

Barack Obama e Raul Castro – Havana – Cuba

 

“Calma! Alguém vai se machucar nessa afobação toda! Tem Champanhe pra todo mundo!

- Cidra pai.

- Que seja! Cadê o vô Vicêncio?

- Está ali no sofá. Dormindo... acho.

 

- Deixa eu chegar mais perto, mano!

- Pirralho não pode beber, só se for de maior! 

- Você tem 17 e vai beber!

- Quase 18 moleque, um mês não faz diferença alguma!

- Se um não faz, por que 120 fariam?

 

- Não estora! Não estora... tô tirando o frango do forno ainda!

- Você tem cada uma Júlia! Frango no Revellion! Eu disse que não ia dar certo!

- Já to indo!

 

....

 

- Dez!

- Nove!

- Oito!

...”

Típica comemoração de Virada de ano – Brasil


“...Adeus ano velho!

Feliz Ano velho!

Que nada se modifique no ano que vai nascer..”

Casa dos prefeitos reeleitos (66% do total) - Brasil


“Vamos todo mundo lá pra fora, vai começar a contagem!

 - Zoni?

- Confere.

- Sopa de cereais?

- Confere.

- Bolinho de arroz?

- Confere.

- Ei ei! Vai começar! Vai começar!

- 108!

- 107!

- 106!

...”

Típica comemoração de Virada de ano – Japão

http://guiadoscuriosos.ig.com.br/categorias/1104/1/reveillon-no-mundo.html

 

“ – Droga, faltam dez segundos e só peguei duas até agora!

- Nove!

- Smack

- Oito!

- Smack

- Sete!

- Smack

- Seis!

- Smack

...”

Um macaco – Algum lugar




Feliz 2009 pra todo mundo!