A princípio, é difícil de notar. Ela está lá, quetinha no seu canto, sem falar muito. Até parece que ela não vai dizer nada, que está ocupada com outra coisa.
No entanto, no momento em que você decida encarar suas responsabilidades do dia/mês/ano/década, ela vai tossir. E limpar a garganta ruidosamente. Tudo de maneira delicada, mas significativa. Você vai perceber que ela está lá, mas vai fingir que nada está acontecendo. Afinal de contas, já enrolou demais.
Aí, com uns dez minutos de trabalho, ela vai espirrar. Forte. Ainda vai parecer accidental, mas sua presença vai começar a incomodâ-lo. Por que ela não fica quetinha de novo? Tava tão bom antes!
Depois de dez minutos ela vai começar a falar. Aí começa o calvário. A voz dela é suave, gentil, nada violenta. Diz até frases bonitas. "Deixe para depois". "Você tem todo o tempo do mundo para fazê-lo". Vai ser difícil ingnorá-la.
Após mais dez minutos, ela vai estar frenética. "Você naõ quer parar para fazer um lanchinho?". "Vamos dar um descanso de 10 minutos e ler aquela revista que você acabou de comprar!". "Levante um pouco, aposto que se corpo está doendo!".
Com mais dez minutos ela vai estar furiosa. "Esse negoço nem é tão importante assim! E tendo coisas tão maiss legais para fazer, como você pode perder seu tempo com isso! Chega!". Ou "Você já fez o suficiente! Mexer essas coisas de lugar é quase como organizá-las! é meio caminho andado! Vamos assistir um filme?".
Se você ainda não desistiu, parabenize-se: Você venceu a preguiça.
terça-feira, 16 de junho de 2009
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