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quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Do início ao fim



“Eca! Eu nunca vou gostar de uma menina, nunca. Elas são tão fresquinhas, chatas e..... gostam de dar beijinhos “

Betinho – 5 anos – Conversando com Mauro [que viria a ser seu melhor amigo]

 

“Ó, que legal... Um arco-íris na tela... vou fazer denovo!”

                        Mizaru - 8 anos – Instantes depois de passar um imã distraidamente em frente a TV e instantes antes de gravar uma sombra colorida no canto direito da tela para sempre.

 

“Você é tão linda. Tão meiga. Quando eu estou com você, não preciso de mais ninguém, de mais nada. Nunca vamos nos separar, eu juro.”

                        Gabriel – 12 anos - De baixo de uma macieira, nos fundos da escola, se declarando para Suzan.

 

 “Cara, são três contos por minuto, nem um centavo a menos.”

                        Roberto – 14 anos – Filho da costureira e dono da frestinha de janela mais requisitada do bairro.           

                       

 “Se eu te amo? Claro que te amo, gata.”

                        Caiky – 16 anos – Diz pela quarta vez, para a quarta pessoa, em três horas no shopping center para a “gata” [chamada assim para evitar o nome, que ele não lembra].

 

“Não, no olho não... por favor... ai, meu cabelo... Droga, que cheiro é esse? Não! ... Ai, quê? Esse palitinho? Desse tamanho?”

                        André – 18 anos – Inicio de ano – Trote da Facul

  

“Cala a boca, Calouro Burro! Você é muleke! Num sabe quanta experiência eu tenho! Respeito que eu sou seu veterano! Anda calouro burro! Elefantinho, vamô! Sem reclamar... Bebê Chorão!”

                        André – 18 anos – Meio do ano – Trote da Facul

 

 “Onde eu moro? Boa pergunta, seu guarda!”

                        Felipe – 23 anos – Em algum lugar, três da manhã.

  

“Claro que te amo, gata”

                        Tadeu – 27 anos – Diz, sinceramente, pela primeira vez depois de seis meses de namoro.

 

 “Eu sei que vai ser difícil. Sei que talvez a gente fraqueje e sei lá o q vai acontecer. Só sei que quero tentar com você. Quer casar comigo?”

                        Emerson – 29 anos – No apartamento que divide a dois anos com Sabrina.

  

“Grávida? Você tem certeza? .... é? PAI! EU VOU SER PAI!!!!!!”

                        Gonçalves – 32 anos – Ao telefone, pouco antes de “brindar” um charuto com um desconhecido, se sentindo finalmente um homem com h maiúsculo.

 

“Desculpa amor, isso nunca aconteceu comigo antes”

                        Alberto – 45 anos – Sentindo o peso dos anos nas costas e ficando em dúvida se realmente é um homen com h maiúsculo.

  

“Não se preocupe, Gilda. O doutor me garantiu que essas pílulas azuis funcionam mesmo”.

                        Carlos – 49 anos – Tentando driblar o tempo.

  

“Se meu coração parar agora, não importa, eu estarei feliz”

                        Denis – 79 anos – Respondendo a pergunta “O senhor tem certeza que quer fazer isso?”, instantes antes de pular de para-quedas.

 

A vida é feita de grandes e pequenos capítulos que só podemos ler uma vez. Aproveite bem o que você está lendo agora.



Ambas as fotos retratam a mesma mulher, Sharbat Gula. Ela se tornou o símbolo da cultura afegã ao ser clicada pelo fotógrafo Steve McCurry, para a National Geographic de 1985. A segunda capa foi publicada em 2002, depois de muitas tentativas frustradas de reencontrar Gula. Duas imagens, dois tempos, praticamente duas realidades distintas e a mesma beleza direta, profunda, firme, quase acusadora no olhar. Sharbat Gula tem os olhos afegãos mais conhecidos e admirados do mundo Leia mais.

11 comentários:

Anônimo disse...

Huaheuehaue....
Massa Tiennin..muito engraçado, y interessante!!!
Parabéns!!!

Gustavo Almeida disse...

Sensacional!
Descrevendo em uma palavra um texto bem divertido, criativo e que retrata bem as diversas idades que ja passamos e que ainda enfrentaremos...
na realidade, podemos ate nos desviar um pokim, fazer as coisas um pouco mais do nosso jeito,,, mas nao tem como fugir disso não!
hehehe
parabens pelo texto

Jessica disse...

Aaaah, adorei!!
E rachei de rir do macaquinho brincando com o imã ahauahauaa
e sinto que eu já ouvi falar desse André xP

Buono disse...

esse andré é o cara mais pegador da fafich (se a namorada dele ler isso, digam que é brincadeira)

Buono disse...

a namorada q ele muito ama, diga-se de passagem

Anônimo disse...

comentado

Unknown disse...

tá, eu sei q vc usou "andré", mais assim q eu li a parte "Ai, quê? Esse palitinho? Desse tamanho?” eu percebi q foi em minha homenagem, né?!

o q q revelações de traumas d trotes n rendem hein?!
huahuahuahuahuahua

esses veteranos maus viu...
(mais pretendo usar essa com os meus caluoros! uhuuu

mto bom o texto companheiro de senzala!

bjo bjo

Michell Lott disse...

Melhor texto que li por aqui ate hoje!

E vamos contar pro gustavo que uma palavra é UMA palavra, não uma enumeração de qualidades!

Buono disse...

esse andre ja tinha 19 no meio do ano hehe

Macaco Mizaru disse...

Minhas postagens são absoluta e completamente fictícias. Qualquer semelhança com a realidade é mera impressão de quem lê. XD

Anônimo disse...

hehehe coincidencia ou não, não é difícil pra qualquer um se ver em um(s) dos trechos do texto. Bacana, a vida retratada apenas por alguns instantes. Talvez tivesse ficado legal colocar pontos de vista femininos, mas como é um cara que está escrevendo havia o sério risco de ele ter que lidar com garotas bravas pelo seu "sarcasmo" caso o comentário não parecesse autêntico. Mas muito bom o post cara, leitura leve mas interessante