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sábado, 7 de fevereiro de 2009

Para aprender a nunca mais ser mão-de-vaca...

Terça-feira foi aniversário de uma amiga minha e lá fui eu num barzinho alemão muito estilizado aqui em BH. Até então tudo bem... clima legal, amigos, música ambiente, casaizinhos felizes se agarrando nos cantos, muitas fotos. Enfim, tava legal.

 Só que o pobre macaco aqui mora a quilômetros do lugar que foi a comemoração. E como ele ainda não teve a capacidade de começar uma auto-escola, dependia do ônibus pra ir embora pra casa. E como desgraça pouca é bobagem, da Savassi (onde é o bar) até minha humilde residência não tem um ônibus direto.

E vamos lá descobrir como chegar no ponto do primeiro ônibus. Descobri que eu não tinha a mínima idéia e resolvi ir pro ponto na Afonso Pena. Pra quem não é de BH, preciso fazer algumas observações sobre essa rua:

 BH é uma cidade “planejada”. No centro as ruas são mais ou menos retas e, se você tiver um pouco de senso de direção, você consegue se orientar só pelo nome das ruas (nomes de tribos indígenas são paralelas, assim como os nomes de estados – pelo menos na teoria). Outra curiosidade sobre a Afonso Pena é que, de noite, você pode encontrar diversão por um preço módico.

 Entenda-se: prostitutas. E lá fui eu, meia noite, para a Afonso Pena pegar um ônibus. Só que quando eu cheguei lá, olhei pra avenida e pensei com meus botões: “Eu tô pertinho de onde eu quero chegar. Pra que pegar um ônibus se eu posso ir andando”? [/pãoduragem]

 OK, mais uma pra série de coisas idiotas feitas por mim. Acabei de olhar no Google Maps que são 2,5 Km. Eu não sabia disso, então fui andando... na primeira esquina já encontrei a primeira prostituta. Como diria o Ultraje a Rigor, “não que eu tenha nada contra profissionais da cama”, mas estava passando a uma distância considerável delas.

 E ando bem rápido, não prestando muita atenção nas coisas ao meu redor. Só que meus ouvidos funcionam muito bem... fui prestando atenção nas conversas enquanto eu passava pelo caminho. E como nunca tinha uma prostituta sozinha, o que não faltavam eram conversas aleatórias.

 Os comentários envolviam desde o programa anterior até as experiências. Vô ter que admitir que tava divertido. O mais legal foi ver os carros parando, com uns homens com uma cara de “finge que não me conhece” chamando as mulheres para o programa. Eu passei por um animado grupinho de quatro mulheres e um homem num cantinho, discutindo. A primeira frase que escutei foi: “Eu não tomava banho na época que eu usava drogas, cortava o barato”... nota mental: antes de um programa sempre perguntar se ela usa drogas!

 Mas o pior eu ainda ia escutar... avistei ao longe um travesti. Aliás, era bem fácil de saber que era um (que o Ronaldinho me desculpe, mas é bem fácil mesmo). Lá do alto da Avenida eu vi que tinham dois caras em um cão conversando com ele/ela (nunca sei como me referir... se algum travesti ler isso, me avise como é). Quando cheguei perto, escutei a seguinte pérola: “Ai, não vou fazer programa com os dois não, estou menstruada”... MESTRUADA???????

 Tirando isso, consegui chegar no meu ponto são e salvo. Mas da próxima vez prometo que pego um ônibus... é melhor para os ouvidos!

4 comentários:

Ludmylla disse...

Adoreeeei o texto! Apesar de cansativo (e não muito seguro) deve ter sido uma experiência bem engraçada, hahah! :)

Michell Lott disse...

bem feito.

Juliana disse...

E como vc diz... Bh é na teoria planejada, mas no fundo as ruas são todas iguais e você acaba de perdendo se não for daki. E oh, da Afonso Pena até a Savassi você andou um bucado, heim? hauhauhuahua
Vou linkr vcs la no Pipoca.
Bjs

www.pipocacomiogurte.blogspot.com

Jessica disse...

ahauahauaahauaha
isso que é amigo, né xu?!
que super aventura! Tudo por uma boa causa, lógico ;)