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quinta-feira, 16 de abril de 2009

Brincando de polícia e ladrão

Como tinha prova naquele dia, acordei às duas da manhã para estudar [normal]. Depois de alguns parágrafos, começei a ouvir um barulho estranho, parecia um zumbido de abelha que aumentava lentamente. Junto com isso, percebi um ruído de carros passando na rua frenéticos. O barulho da “abelha” aumentou tanto que já parecia uma máquina dessas usadas em construções. No começo eu não me importei muito, já estava acostumado com a confusão onde moro porque estão construindo um prédio ao bem lado do meu. Foi quando a ficha caiu: eram DUAS DA MANHÃ!

Espantado com todo aquele qüiproquó àquela hora da madruga, eu corri até a janela para observar o que estava acontecendo. Moro no quarto andar e pude ver, surpreso, que cinco viaturas estavam paradas em minha rua. Uma rua estreita de mão única, tomada por uma barreira policial quase hollywoodiana. O zumbido não era de um inseto voador gigante, era um helicóptero. A aeronave estava voando baixo e procurava insistentemente com seu holofote direcionado para o edifício em construção vazio.

- ATENÇÃO! VOCÊS ESTÃO CERCADOS! SE REAGIREM AS COISAS SÓ VÃO PIORAR!

Isso foi o que eu escutei um policial dizer de dentro do helicóptero com um megafone. Essa foi a hora em que eu apaguei a luz da minha janela e coloquei minha cabeça para dentro. Eu não ia arriscar ficar com a luz acessa e com o crânio bem a mostra para sabe lá quem que estivesse naquela construção. Dizem que os traficantes treinam jogando Counter Strike!

Bom, a essa altura não dava mais para estudar. Primeiro por que eu estava animado demais em ver a polícia atuando ali, ao vivo, na minha frente, como num filme e eu assistindo de camarote. Mas depois, ficou tudo muito monótomo já que eles não conseguiam achar “os  meliantes” e eu não conseguia concentrar para ler com aquele helicóptero voando em cima do meu quarto.

Já que estava de bobeira mesmo, decidi dar uma de pseudo-jornalista 24 horas e apurar o que estava acontecendo. Peguei o telefone:

- Alô? Serviço de Emergência do Corpo de Bombeiro. Em que posso ajudar?

- Hein?! Num é da Polícia Militar, não?

- Não, lá é 190.

- ah, desculpe.

...

- Alô, 34º Batalhão da Polícia Militar. Serviço de emergência, posso ajudar?

- Sim, sim. Olha, eu moro no bairro do Claustro. Tem cinco viaturas e um helicóptero em frente a minha casa. Poxa, são TRÊS HORAS DA MADRUGADA! Estou tentando dormir! Posso, pelo menos, saber o que está acontecendo?

- Sim, já recebemos cerca de trinta e cinco ligações da sua região até o momento. Bem, pedimos muita calma a todas as pessoas que se encontram nesse perímetro da cidade. Não há motivos para se preocupar. Gostaríamos que fechassem suas portas, janelas e cortinas. Isso é apenas um exercício de rotina e esperamos que em breve tudo volte à normalidade.

E desligou na minha cara.



P.S.: Isso porque eu moro em frente a uma universidade...

4 comentários:

Nath disse...

com certeza era um treinamento de rotina.


UHUHAUHAUHA

Jessica disse...

ahauaauahauahauaah
treinamento de rotina??
seeeei.
você devia ter ligado de novo: "quero denunciar a incompetência da polícia. tem uma hora que eles estão procurando os tais meliantes e até eu já sei que eles não existem!" xP

Jessica disse...

Oi Ennio!

Resolvi passar aqui e, menino, gostei do seu texto! Bem mais do que aquele outro da dança, do qual eu já tinha gostado. Claro que eu não acreditei que você conseguiu confundir um helicóptero com zumbido de abelha, mas entendo que foi para o bem literário do seu texto! :D

Alim. disse...

Haheuahe...
exercício d rotina às 3h??

Ossos do ofício policial...

^^
Bom txt!