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quinta-feira, 21 de maio de 2009

Murcho e em chamas


Uma das civilizações que mais instigam pesquisadores do mundo inteiro é a Romana. Essa foi uma das que conquistaram um dos maiores impérios da idade antiga. Na época em que grandes catástrofes naturais, aliadas às invasões assolaram os campos da Antiga Roma, o crescimento das cidades foi exorbitante e súbito. Para contornar esse problema, o então imperador, Otávio, criou a política de "Pão e Circo". O Augusto Imperador construiu diversas arenas, promoveu lutas entre gladiadores diariamente e durante as batalhas distribuía alimento à platéia.

A intenção era clara: desviar a atenção dos súditos para a diversão e a “boca livre”, fazendo-os esquecer das mazelas que a Grande Roma já apresentava. Se funcionou ou não, aí é um grande debate entre comunicólogos, cientistas políticos, historiadores e outros intelectuais. Mas, dizem as más línguas, que aqui no Brasil, tinha gente que acreditava mesmo na técnica desenvolvida por César Otávio: os militares-ditadores.

Mas, ao invés de gladiadores, leões e cabeças voando pelos ares, a versão brazuca do “pão e circo” envolvia um campo, uma bola e 25 homens [dois times e juízes] correndo de um lado para o outro. O exemplo mais clássico de como essa técnica foi escancaradamente utilizada foi na Copa do Mundo de 1970. O país passava pelo vergonhoso “milagre econômico” e a maioria da classe média, que podia mesmo fazer alguma coisa, estava em frente a TV cantando: “90 milhões em ação! Pra frente Brasil! Do meu coração!”.

            Durante um tempo isso funcionou razoavelmente bem. Até pouco, se você perguntasse para uma criança o que ela gostaria de ser quando crescer 90% responderiam “jogador de futebol”. Não mais.

            Pelo menos nos grandes aglomerados urbanos estamos presenciando o aumento exponencial do crime organizado. Tratado pela academia como “O Estado dentro do Estado”, tudo funciona como numa verdadeira empresa. Salário, carga horária, PLANO DE CARREIRA... Enfim, os Ronaldinhos, Robertos Carlos, Kakás ou Tardellis têm perdido cada vez mais espaço no “hall dos ídolos” das crianças para os traficantes, donos de bocas, aviões e etc.

            Detesto essas “soluções” que são propostas ao léu. Recorrentemente, quem às propõe desconsidera toda a complexidade da implementação e a viabilidade da idéia. Além disso, pessoalmente, odeio clichês. Mas, mesmo com esses dois pontos bem claros, tenho que falar: EDUCAÇÃO, GENTE! Todo brasileiro deve ser capaz de trilhar seu caminho! Deve aprender a construir conhecimento!

            O fato é que o pão que o governo vem tentando empurrar nossa guela a dentro já está velho e duro, a lona do picadeiro em brasas e o palhaço não tem mais a menor graça. E agora? E agora pra eles? E agora pra mim? E agora pra você?

3 comentários:

Kilder disse...

Isso só vem a ressaltar a grande capacidade de controle e trasnformação social que temos em mãos,conhecida do alto das torres do Palacio do Planalto no entanto desconhecida de seus proprios titulares...

Alguem disse que ruim é "levar a fama sem tirar proveito" pior que isso é ter o "potêncial" no entanto ser enterrado no anomimato sem "fama" nem "proveito" rodeado por uma serie de quebra-vistas por traz dos quais uma serie de "bocas livres" que desdenham ..-Foi por pouco !!!

Hoje em dia por bem menos,se a evolução ouvir nossas tendências nasceremos cegos..surdos e mudos!!

Vanessa Barbosa disse...

Roma? é comiigo mesmaa ! eu passei a esses ultimos mês todiinho estudando roma e eu adoorei..

a inteligencia que as pessoas tinham pra conquistar as coisas, as lendas da criação de roma, os irmãos Tibério e Caio Graco e muiito mais coisa legaaal !

se formos comparar os romanos com os brasileiros vamos descobrir que a inteligência temos,só nos falta a coragem.
beiijos divinos ;*

www.divinaefeminina.blogspot.com

Gustavo Almeida disse...

Parabéns pelo texto Misaru
Muito boa a comparação e a reflexão feita!
Realmente é preciso pensar nessas ferramentas de distração usados por instituições maiores e poderosas.